Rei do Queijo: comerciante acusado de matar motorista se entrega à polícia

Ele confessou o crime e disse que foi motivado porque estava sendo ameaçado e extorquido

Da Redação

Se entregou à polícia, na noite deste domingo (26), o comerciante Paulo José Peres, de 54 anos, dono da loja “O Rei do Queijo”, foragido desde 23 de novembro do ano passado, acusado de matar e ocultar o corpo do motorista de aplicativo Jean Carlos Santos Novais, de 26 anos, em Campinas (SP), em 18 de abril de 2023.

De acordo com o advogado de defesa do empresário, José Nascimento Junior, o comerciante se decidiu se entregar após uma audiência ocorrida no último dia 20 de maio, em que ficou comprovado “a verdadeira motivação do delito, de que ele [o empresário], estava recebendo ameaças e extorsões da vítima”. Ainda segundo o advogado, na audiência, ficou comprovado que o crime não teria sido cometido por um motivo fútil, por questões de dívidas trabalhistas, como alega a acusação. 

Relembre o crime

Jean Carlos Novais foi encontrado morto e enterrado em praça de Campinas (Crédito: Reprodução)

O corpo do motorista de aplicativo foi encontrado enterrado em uma praça no Jardim Vila Nova, em Campinas (SP), em frente à loja “O Rei do Queijo”, de propriedade do acusado. O jovem estava desaparecido desde o dia 18 de abril e foi encontrado no dia 27 de abril de 2023. 

De acordo com a Polícia Civil, Jean Carlos Novais havia saído para trabalhar na manhã do dia 18 de abril e, depois, não foi mais visto. Durante as buscas, o localizador no celular da vítima apontou os últimos lugares onde ele esteve, auxiliando a polícia a chegar ao local onde o corpo foi enterrado

O comerciante, dono da loja de queijos, confessou ter matado o motorista por asfixia. À polícia, Paulo José Peres contou que, primeiro, escondeu o corpo dentro do apartamento dele, que fica em cima do estabelecimento. Depois, já à noite, foi até a praça, que fica na rua Buarque de Macedo, e, com ajuda de um funcionário, abriu uma cova. Ele diz que o funcionário não sabia o que seria enterrado no buraco. No mesmo local já havia enterrado dois cães. 

O suspeito e a vítima já haviam trabalhado juntos. Em depoimento à Polícia Civil, o comerciante diz que o motivo do crime teria sido porque ele estava sendo ameaçado e extorquido pelo motorista de aplicativo. 

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