Com pouco mais de um mês desde que entrou em atividade, a equipe ‘Guardiã Maria da Penha’, da Guarda Civil Municipal de Valinhos, já atende a 11 mulheres moradoras da cidade que têm medidas protetivas. Desses casos, três foram solucionados e encerrados por conta do agressor não ter mais contato com a vítima.
O projeto permite que Guardas Civis Municipais façam visitas domiciliares às vítimas. "Diariamente há casos de mulheres que denunciam a violência e por não haver acompanhamento são alvo da revolta de seus agressores e são assassinadas sem direito à defesa ou proteção física. Portanto, é nosso papel proteger e acolher as vítimas, impedindo novas crueldades contra elas", disse a prefeita Capitã Lucimara Godoy.
De acordo com a subinspetora da Guarda Civil Municipal, Rose Santos, coordenadora da Guardiã Maria da Penha, são feitas visitas às vítimas, de forma alternada. "Percebemos que desde quando entramos em ação acontece o afastamento e perda de contato por parte dos agressores. Ou seja, só a elaboração do Boletim de Ocorrência não resolve, precisa ter um suporte prático na proteção", explicou a subinspetora Rose Santos.
Um caso prático, exemplo da eficiência do projeto Guardiã Maria da Penha segundo a subinspetora da Guarda Civil Municipal, foi quando a equipe acompanhou uma mulher na residência para que ela retirasse seus pertences do imóvel. "A nossa presença garantiu que ela pudesse reaver suas roupas e demais objetos de forma respeitosa, sem ser ameaçada pelo agressor", lembrou.
Outra frente que está dando resultados são as aulas gratuitas de defesa pessoal para mulheres especialmente desenvolvidas pela Guarda Civil Municipal às quartas-feiras, na própria base da corporação. "Por meio de uma participante, ela revelou que uma amiga estava sofrendo violência doméstica e fomos atender essa pessoa informalmente para saber o que estava acontecendo, ofertamos orientação para ela tomar providências. É gratificante saber que nosso trabalho vem sendo observado e surtindo resultados positivos", destacou Rose.