A temporada de férias começa no próximo mês e o Procon-SP emitiu um alerta, nesta terça-feira (26), sobre os cuidados que os consumidores devem tomar ao comprar pacotes de viagem e passagens. O objetivo é evitar casos como os clientes lesados pela 123 Milhas, que vendeu e não entregou pacotes de viagens.
Os especialistas do órgão orientam os consumidores a pesquisarem sobre as empresas com as quais estão negociando a compra de passagens aéreas ou viagens terrestres, cruzeiros marítimos, passeios e reservas em hotel ou de veículos; tanto aquelas que farão a venda quanto as que serão contratadas.
“É importante entender se a respectiva empresa está cumprindo com o que foi contratado e se atendem aos consumidores quando há problemas. Dentro do possível, entrar em contato com elas para saber se efetivamente foram feitas as reservas em nome do consumidor, tanto as passagens quanto as hospedagens e outros passeios”, explica Patrícia Dias, assessora técnica e especialista em defesa do consumidor do Procon-SP.
No site do Procon-SP o consumidor pode obter informações sobre as reclamações contra empresas, conhecer sites não recomendáveis ao verificar a origem das ofertas de viagens e ainda dicas importantes sobre os direitos previstos pelo Código de Defesa do Consumidor durante as viagens.
Além disso, é importante considerar o planejamento financeiro para realizar a viagem, calculando não apenas o custo da viagem e hospedagem, mas, também os gastos com refeições, traslados, passeios e outros que serão realizados durante o período de férias. Igualmente válido é o consumidor ficar atento aos gastos realizados com cartão de crédito para que o valor da fatura depois da viagem não se transforme em um problema.
É que segundo a mais recente pesquisa do Procon-SP sobre empréstimos pessoais – muitas vezes buscados para o pagamento de despesas de viagens, a taxa média passou de 7,95% ao mês para 7,91% em novembro, queda de apenas 0,04 p.p. Com a elevação da taxa Selic, anunciada na mais recente reunião do Copom do Banco Central, a tendência é que os financiamentos se tornem ainda mais caros, o que não recomenda contrair dívidas.
Além disso, vale lembrar que o setor de turismo ficou em primeiro lugar na lista das empresas mais reclamadas de 2023, resultado das crises vividas pelo setor desde a pandemia de covid-19 e que tiveram seu ápice no ano passado