Prefeitura de Campinas diz que irá esterilizar capivaras de parques públicos

A castração e o manejo de uma capivara deve custar mais de R$ 5 mil

Da Redação

A Prefeitura de Campinas (SP) anunciou, nesta quarta-feira (17), a abertura de duas licitações para o manejo e esterilização de capivaras que vivem nos parques públicos da cidade. A ação acontece após sete pessoas morreram por febre maculosa – transmitida pelo carrapato que pode viver no animal – no ano passado. Parte das vítimas contraiu a doença em uma fazenda particular. 

A Secretaria do Verde estima que 200 animais serão esterilizados, sendo que o custo unitário do manejo dos animais deve custar R$ 2.470,00 e o valor da castração de cada uma das capivaras seja R$ 2.725,00. Assim, a média gasta com o projeto deve ser de R$ 1 milhão. 

Os editais são para dois serviços, um de atendimento médico veterinário de vasectomia e salpingectomia e outro para prestação de serviço de captura dos animais, alocação em área de manejo, alimentação diária e posterior devolução aos seus parques de origem.

Os editais podem ser consultados no Portal de Compras do Governo Federal - Unidade Compradora: 986291. O edital para a captura dos animais está disponível a partir desta quarta (17). A abertura da sessão pública do pregão eletrônico será no dia 1º de fevereiro, às 10h.

Nesta quinta-feira (18), será disponibilizado o edital para o procedimento de vasectomia e salpingectomia para esterilização de machos e fêmeas, respectivamente. A sessão pública será no dia 2 de fevereiro, também às 10h. 

Febre maculosa 

Em nota, o secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, Rogério Menezes, afirma que é necessário realizar o manejo das capivaras para o controle da população desses animais silvestres - o que é possível mediante autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. 

Em 2022 foram confirmados 11 casos de febre maculosa em Campinas, sendo 9 deles com transmissão no município. Houve registro de 7 mortes. 

Como vai funcionar?

Durante o procedimento, as capivaras que vivem livremente nos parques públicos serão capturadas, identificadas, microchipadas, alimentadas, examinadas e encaminhadas para um centro cirúrgico onde serão esterilizadas. Os machos passarão por vasectomia e as fêmeas pela salpingectomia. Depois serão devolvidas ao local onde vivem. 

Parques

A ação está prevista para começar em maio, após definição das empresas, em 10 parques públicos: Lago do Café, Lagoa do Taquaral, Parque das Águas, Lagoas do Comando do Exército, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Lagoa do São Domingos, Parque Ecológico do Jambeiro, Lagoa da Escola de Cadetes, Parque Linear Ribeirão das Pedras e Parque Linear Lagoa do Mingone. Nesses locais haverá participação direta das secretarias de Saúde, Serviços Públicos, Verde e Desenvolvimento Sustentável e da Sanasa.