A Polícia Civil identificou quem recebeu o PIX de R$ 18,6 mil do ganhador da Mega-Sena que foi sequestrado e morto, nesta quarta-feira (14), no interior de São Paulo. Durante o sequestro, também foi realizada uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões, que foi negada.
A gerente do banco do milionário recebeu uma mensagem pelo WhatsApp de alguém se passando por Jonas Lucas Alves Dias, para tentar realizar a transferência de R$ 3 milhões. No entanto, ela desconfiou da ação e impediu a operação bancária.
Entretanto, os bandidos conseguiram fazer dois saques de R$ 1 mil em um caixa eletrônico e uma transferência PIX de R$ 18,6 mil, que teria sido feita também pelo caixa, porque a vítima estava sem celular.
Jonas Lucas Alves Dias ganhou R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 e teve R$ 20,6 mil roubados durante o sequestro. Ele foi encontrado com sinais de espancamento às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-101), em Hortolândia (SP), foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por traumatismo craniano.
A polícia já tem imagem da agência bancária onde foram realizadas as operações na conta de Jonas, mas não divulgou para não interferir nas investigações.
A Polícia Civil, que é responsável pelas investigações da morte de Jonas Lucas Alves Dias, ganhador de Mega-Sena em 2020, disse que acredita que o crime se trata de um latrocínio, mas que nenhuma outra linha de investigação foi descartada, e que a investigação segue em sigilo.
A Delegada da Divisão de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba, Juliana Ricci, disse que existem imagens de câmeras de segurança que podem ajudar a chegar aos suspeitos e que busca mais imagens. Essas gravações não foram divulgadas para não interferir na investigação.
Segundo a Delegada, certamente, quem cometeu o crime sabia que Jonas tinha muito dinheiro, mas não especificamente que o dinheiro havia sido ganhado na Mega-Sena.
Vítima não ostentava luxo
O ganhador da Mega-Sena continuou morando na mesma casa e não escondia que havia se tornado milionário. Segundo a delegada da Divisão de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba, Juliana Ricci, quem cometeu o assassinato “com certeza sabia que ele tinha muito dinheiro”.
Apesar de ter faturado R$ 47,1 milhões com uma aposta de seis números, em setembro de 2020, Jonas Lucas Alves Dias não exibia itens de luxo e morava em uma casa modesta, no bairro Jardim Rosolem, em Hortolândia (SP).
*Sob supervisão de Rose Guglielminetti.
