O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acusado de agredir e tentar esfaquear um estudante, prestou depoimento à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (3). Os alunos envolvidos no caso também foram ouvidos. Todos foram liberados.
O professor do Instituto de Matemática alega que agiu em legítima defesa. Por outro lado, os estudantes dizem que quem os atacou primeiro foi o docente, durante uma conversa sobre a greve na unidade, contra a precarização nas universidades estaduais.
Agora, o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. O professor de matemática Rafael de Freitas Leão responde por lesão corporal.
Nas rede sociais, Leão exibe fotos em estandes de tiros e os alunos dizem que ele já costumava ter falas extremistas:
O caso aconteceu na manhã desta terça-feira (3), durante o ato na Unicamp em apoio às greves realizadas em São Paulo, também contra a precarização das universidades estaduais. O estudante da universidade, Gustavo Bispo, de 20 anos, disse que foi agredido por um professor que tentou esfaqueá-lo.
Em nota, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) disse que o professor Rafael de Freitas Leão portava uma faca e spray de pimenta. “Quando o professor foi comunicado da decisão coletiva da paralisação, ele sacou a faca e ameaçou estudantes”. Ele teria chegado a atacar alunos com o spray, depois, tentado sair do prédio.
Em um vídeo que circula na internet, é possível ver o momento da confusão entre o docente e o aluno e, quando um segurança chega para separá-los. O ocorrido foi repercutido nas redes sociais:
O DCE informou que quer “a exoneração imediata do agressor e sua prisão, visto que cometeu um crime que conta com testemunhas, fotos e vídeos”.
A Reitoria da Unicamp também se pronunciou e disse que repudia os atos de violências praticados, confira na nota na íntegra:
“A conduta do docente, para além do inquérito policial instaurado, será averiguada por meio dos procedimentos administrativos adequados e serão tomadas as medidas cabíveis. Ressalte-se, ainda, que a Reitoria vem alertando que a proliferação de atos de violência com justificativa ou motivação política não é salutar para a convivência entre diferentes. É preciso, nesse momento, calma e serenidade para que os conflitos sejam tratados de forma adequada e os problemas, dirimidos.”