Polícia Federal faz operação contra fraude de R$ 50 mi no Bolsa-Família

Um dos alvos é de Indaiatuba (SP)

Por Rose Guglielminetti

Polícia Federal faz operação contra fraude de R$ 50 mi no Bolsa-Família
Parte do que foi apreendido
Reprodução

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (07), a Operação Apateones, para desarticular uma organização criminosa espalhada pelo país voltada a fraudes ao programa Auxílio Emergencial. No total, foram desviados R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas. Uma das 37 pessoas investigadas é de Indaiatuba, cidade da RMC (Região Metropolitana de Campinas). No total, 200 policiais federais cumprem 47 mandado de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva.

De acordo com a PF, a investigação, iniciada em agosto de 2020, após a CEF (Caixa Econômica Federal) enviar à Policia Federal, em Brasília, dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor total de R$ 54,6 mil e desviados para duas contas
bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica residenteem Indaiatuba. A apuração começou a ser feita pela Delegacia de Polícia Federal em Campinas e revelou milhares de outras fraudes.

O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes eram dos estados de Goiás e Rondônia, sendo este último, estado lugar de residência de familiares da pessoa física residente em Indaiatuba, SP. Num segundo estágio da investigação, verificou-se que os beneficiários em questão receberam valores provenientes de ao menos 359 (trezentos e cinquenta e nove) contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

Após análise do RIFs (relatórios de inteligência financeira) e quebra de sigilos bancários, estima-se que a organização criminosa movimentou valores que ultrapassam os R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas.

Os 37 envolvidos na presente operação estão sendo investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e e organização criminosa, cujas penas somadas ultrapassam 22 (vinte e dois) anos de prisão.