A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quarta-feira (23/08) dois mandados de busca e apreensão em Campinas (SP), para aprofundar investigações de crimes contra o Ministério da Previdência Social, da Operação Teleworking.
Segundo policiais federais, a investigação começou em julho de 2019, após a prisão de um ex-servidor do INSS por crime de corrupção passiva. A partir da análise feita pelo Núcleo de Inteligência da Coordenação Geral da Inteligência Previdenciária do Ministério da Previdência Social dos dados obtidos após a prisão do ex-servidor, foram coletados indícios da prática de outros crimes como: inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva, advocacia administrativa, além de indícios do envolvimento de outra pessoa, que teria praticado, em tese, crime de corrupção ativa.
Foi constatado também que o ex-servidor atuou diretamente em 248 procedimentos administrativos, durante os anos de 2015 a 2019, sendo que, ao menos, 39 (trinta e nove) deles já estão evidenciados indícios de ilicitudes.
De acordo com a PF, as buscas de foram autorizadas pela 1ª Vara Federal de Campinas (SP) e são direcionadas a endereços residencial e comercial na cidade, ligados à segunda pessoa citada na investigação.
O nome da operação é uma alusão ao meio utilizado pelos investigados, remetendo aos diálogos que mantinham entre si, via WhatsApp, com combinação e direcionamento das práticas de facilidades visando a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários, seja por meio de inserção de dados falos no sistema do INSS, atendimentos sem agendamento ou mesmo ausência de documentação comprobatória.