PF e GAECO fazem operação contra grupo especializado em roubos de cargas e lavagem de dinheiro

Ação comandada por policiais federais de Campinas, cumpriu 40 mandados em São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas

Por Da redação

PF e GAECO fazem operação contra grupo especializado em roubos de cargas e lavagem de dinheiro
Armas apreendidas em MG
Divulgação/PF

A Polícia Federal em Campinas (SP) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) deflagraram na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Ladinos como o objetivo de encerrar as atividades de uma organização criminosa especializada em roubos de cargas, tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro, com atuação em diversos estados do país, especialmente Sudeste e Nordeste.

Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas.

Além das prisões e buscas também foi determinado o sequestro de bens e valores ligados à organização, avaliado em R$ 382 milhões.

A investigação, conduzida pelo grupo especializado em repressão a crimes de roubo de cargas e caminhões da PF de Campinas e GAECO, teve início e, 2022, após ser recebida informação de que o líder de uma organização criminosa que atuava em roubo de cargas, na região de Campinas e em diversos estados, especialmente defensivos agrícolas para serem vendidos no estado de MG, já investigado por crimes violentos no Nordeste e mandante de crime de homicídio em Ribeirão Preto (SP), em março de 2022, estaria morando em condomínio de luxo em Campinas (SP).

Após investigações, o líder dessa organização criminosa foi identificado e localizado. Ele foi preso por crime de roubo de carga de defensivos agrícolas, em Campinas (SP), e, junho de 2022.

Depois da prisão do líder, a investigação apontou a existência de dois núcleos na organização criminal: o primeiro composto por pessoas que praticam crimes violentos, como homicídios e roubos de cargas e a instituições financeiras, principalmente na região de Campinas (SP); e o segundo com integrantes que atuam no tráfico de drogas, na receptação e na lavagem de capitais.

Por meio de empresas de fachada, identidades falsas, laranjas e movimentações financeiras fracionadas, a organização criminosa movimentou centenas de milhões de reais para ocultar os ganhos com os crimes.

Os integrantes da organização criminosa respondem a inúmeros processos criminais por integração de organização criminosa e ocultação de capitais, com penas somadas que podem chegar a 28 anos de prisão.

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