PF deflagra operação contra desvio de recursos públicos da Saúde em São João da Boa Vista

Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em dez cidades do Estado de São Paulo

Por Da redação

A Polícia Federal (PF) em Campinas (SP), em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou, nesta terça-feira (3), a Operação Quarto Elemento, com o objetivo de aprofundar a investigação sobre desvios de recursos públicos direcionados à Saúde por meio de contratos firmados com uma organização social contratada pelo município de São João da Boa Vista (SP), em abril de 2022, para a gestão de unidades de saúde, com repasses que passaram de R$ 50 milhões, sendo R$ 14 milhões em recursos federais.

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, direcionados a pessoas físicas e jurídicas investigadas e com endereços nas cidades de Barretos (2), Bragança Paulista (1), Franco da Rocha (1), Mairiporã (1), Mogi das Cruzes (1), Santo André (1), São Bernardo do Campo (2), São João da Boa Vista (2), São Paulo (1) e Sorocaba (1), todas cidades do estado de São Paulo.

Durante a investigação, a PF e CGU colheram indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à organização social.

Também foram constatadas transferências de grandes valores das contas da organização social e das empresas subcontratadas para contas correntes do principal investigado, de familiares e de pessoas sob forte influência dele, como sócios, empregados e gestores das empresas subcontratadas e da principal organização social investigada.

A investigação, além da busca por provas do desvio, apura possíveis práticas de lavagem de dinheiro relacionadas à aquisição e emplacamento de veículos de luxo e aquisição de imóveis de alto padrão em nome de pessoas do núcleo familiar do líder da organização.

Além, dos mandados de busca e apreensão, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou: o sequestro de bens e bloqueio de valores que chegam a R$ 20 milhões, contra pessoas físicas e jurídicas investigadas; e a prisão temporária do principal investigado, que mora em Portugal.

Os investigados, de acordo com suas condutas, poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato e ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), com penas somadas que passam de 35 anos de prisão.

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