PF cumpre operação contra exploração e comércio ilegal de pedras preciosas

Organização criminosa internacional é investigada por movimentar mais de R$ 30 milhões

Da Redação

A Polícia Federal (PF) de Piracicaba (SP) deflagrou na manhã desta quarta-feira (26), a ‘Operação Itamarã’, em sete cidades da região, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa internacional, especializada na exploração, comércio e exportação ilegal de pedras preciosas, em especial diamantes brutos e ouro.

Ao todo, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva. Na região, foram investigados endereços em Bragança Paulista (SP), Indaiatuba (SP), Iracemápolis (SP), Limeira (SP), Piracicaba (SP), Saltinho (SP) e Salto (SP). 

Até o momento, segundo a PF, já há provas de que a organização criminosa estendeu a atuação por mais de dez países, envolvendo fornecedores, clientes e instituições bancárias, com movimentação de valores superiores a R$ 30 milhões. 

Entre os crimes estão a abertura de empresas para emissão de notas fiscais falsas e a cooptação de empresas legítimas para emissão de documentos falsos e exportação das pedras preciosas. Os envolvidos estão sujeitos a penas mais de 30 anos de prisão e a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 38 milhões dos investigados.

Investigações

De acordo com a PF, as investigações tiveram cooperação policial e jurídica internacionais com os Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra e Emirados Árabes Unidos.

Os trabalhos policiais tiveram início no segundo semestre de 2020, quando informações recebidas pela Unidade de Inteligência da PF em Piracicaba apontaram para a existência da uma organização criminosa.

As primeiras informações foram confirmadas por meio da prisão em flagrante de um dos investigados quando embarcava no Aeroporto Internacional de Guarulhos, com destino a Dubai, transportando diamantes brutos sem documentação fiscal, avaliados em mais de R$ 350 mil.

Em dezembro de 2020, uma outra carga pertencente a mesma organização criminosa foi interceptada no Aeroporto de Confins, pela Receita Federal, desta vez, barras de ouro com destino aos EUA.

Em mais uma ação, com a cooperação policial internacional dos agentes da agência americana HSI (Homeland Security Investigations) da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, foram apreendidos com um dos integrantes da organização, ao ingressar nos EUA, cerca de 40 diamantes brutos.

Foram identificadas ainda negociações nos países da China, Inglaterra, Bélgica, Emirados Árabes, Estados Unidos, Cingapura, França, Canadá, Gana, Namíbia, África do Sul, Espanha, Serra Leoa e Suíça.

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