Parceria entre a Unicamp e a Comgás, formalizada nesta terça-feira (26), irá substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o óleo diesel pelo gás natural canalizado. Através disso, haverá uma redução anual de 10,1% no índice de emissão de gases de efeito estufa na universidade, em comparação à 2019.
As obras foram executadas nos meses de agosto e setembro de 2021 e custou para Comgás R$ 6 milhões na expansão da rede. Para a Unicamp, o investimento nas adaptações realizadas nas unidades será de aproximadamente R$ 150 mil. Como a economia anual para a universidade é estimada em R$ 200 mil por ano, a Unicamp prevê que os gastos sejam compensados no primeiro ano de utilização do novo combustível.
O novo sistema será empregado em seis unidades do campus de Barão Geraldo: Hospital de Clínicas (HC), Hospital da Mulher (Caism), Faculdades de Engenharia de Alimentos (FEA) e de Educação Física (FEF) e dois dos três refeitórios universitários (RU e RS). No caso do RU, o óleo diesel utilizado para aquecer a caldeira será também substituído.
De acordo com os técnicos, a redução nas emissões deverá ocorrer em razão da forma sustentável de distribuição. Enquanto o GLP depende do transporte de botijões por caminhões movidos a óleo diesel, a distribuição do gás natural é feita por tubulação subterrânea.
O sistema também elimina riscos ambientais e de segurança associados ao armazenamento do GLP em botijões. A manutenção da rede de gás natural - incluindo eventuais atendimentos de emergência - será feita 24 horas por dia pela Comgás.
O novo sistema deverá também eliminar a necessidade de processos licitatórios para aquisição do GLP pelas unidades, trazendo maior agilidade e redução de custos.
Três unidades - FEA, FEF e RU - já estão utilizando o gás natural fornecido pela Comgás. As outras três - HC, Caism e RS - ainda deverão concluir suas adaptações internas para conectar-se à rede da concessionária.
"Podemos alinhar boa parte da sociedade em torno dessas metas [17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU e metas do setor privado de preocupação ambiental, social e de governança], não mais centradas exclusivamente na questão ambiental, mas entendendo a sustentabilidade como algo que exige inclusão, eficiência econômica e cuidado com o meio ambiente no sentido mais amplo", diz o reitor da Unicamp, Antônio José de Almeida Meirelles.
A coordenadora geral da Universidade, Maria Luiza Moretti, disse que, além da eficiência na gestão, a instalação do gás natural irá promover estudos e pesquisas em conjunto entre a universidade e a empresa. Segundo ela, a busca por processos que gerem diminuição da emissão de poluentes na atmosfera "reafirma a preocupação da academia quanto ao impacto da ciência na sociedade".
*Sob a supervisão de Rose Guglielminetti.