Um homem, de 28 anos, e uma mulher, de 22, foram presos suspeitos de espancar a filha deles, uma bebê de dois meses, nesta quarta-feira (15), em Limeira (SP). O casal era procurado da Justiça desde a última sexta-feira (10), quando após a própria mãe levou a criança à Santa Casa com lesões pelo corpo. A bebê, que nasceu prematura, com sete meses de gestação, recebeu alta médica durante a tarde desta quinta-feira (16). 

A prisão ocorreu por volta das 17h30 desta quarta (15), na rua João Antônio Soares Neto, no bairro Jardim Santa Adélia. Os pais foram conduzidos à Delegacia Seccional de Limeira (SP). Eles passaram por audiência de custódia, que decidiu manter a prisão. 

Sinais de violência 

A bebê estava internada desde o dia 10 de maio na Santa Casa de Limeira (SP). Ela tinha uma das pernas quebrada, várias lesões na outra perna, braços e cabeça, sangramento intracraniano, fratura de úmero e crânio. Além disso, ferimentos antigos no fêmur.

O Conselho Tutelar informou que a bebê recebeu alta médica há 3 dias, mas o órgão pediu que a Santa Casa segurasse a menina internada até a prisão dos pais. Na tarde desta quinta (16), ela foi liberada do hospital e encaminhada à uma instituição acolhedora, onde aguarda o parecer da Justiça para decidir quem ficará com a guarda. 

À polícia, o pai contou que a bebê acordou na sexta-feira (10) de madrugada. O pai foi ver o que havia acontecido, mas não acendeu a luz. Ele teria tropeçado no véu do berço, a criança teria batido a cabeça no berço e, em seguida, caído no chão. Eles não socorreram a bebê ao hospital, mas, horas depois, ela teve uma convulsão. Eles a levaram a um Posto de Saúde e o Conselho Tutelar foi notificado. Depois, a bebê foi transferida para a Santa Casa.

Antes disso, o Conselho Tutelar foi acionado por um Posto de Saúde sobre a criança apresentar ferimentos. Sobre essas lesões antigas da bebê, os pais contaram aos conselheiros tutelares versões como: “ela foi machucada por uma enfermeira durante a vacinação, que precisou a segurar com um pouco mais de força a perna” e “ela bateu o braço na cadeirinha do carro”. 

Morte de outro bebê do casal deve ser investigada 

Em denúncia ao Tribunal de Justiça, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) chega a citar que uma outra filha do casal investigado teria falecido com um mês de idade, em fevereiro de 2023, em um acidente automobilístico que não foi devidamente apurado.

Ao Conselho Tutelar, o homem disse que a bebê teria engasgado com o líquido de uma mamadeira, os pais foram dar banho e ela se afogou mais. Uma ambulância foi acionada, mas, diante da demora, o casal pediu ajuda para levar a bebê ao hospital de carro. No trajeto um caminhão fechou o veículo, houve uma colisão e a bebê bateu a cabeça no peito do pai, teve um traumatismo craniano e morreu