Mortes por câncer de mama caem, mas número de casos cresce em Campinas

Levantamento da Saúde mostra redução entre os triênios 2018-2020 e 2021-2023, mas incidência de casos apresenta propensão de aumento desde 2014

Por Da redação

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As mortes por câncer de mama em Campinas (SP) apresenta tendência de queda desde 2018, segundo levantamento da Secretaria de Saúde. O coeficiente estava em 18,5 mortes para cada 100 mil mulheres no triênio 2018 a 2020, e passou para 14,3 de 2021 a 2023.

Por outro lado, cresceu a incidência de câncer de mama e doença atinge 80 a cada 100 mil mulheres em Campinas. Os dados esta na sexta edição do Boletim do Registro de Câncer de Base Populacional, que mostra propensão de aumento gradativo da incidência de casos desde 2014 [veja abaixo as taxas].

Coeficiente de mortalidade por câncer de mama

  • 2003-2005: 18,6 óbitos por 100 mil habitantes
  • 2006-2008: 22,3
  • 2009-2011: 17,8
  • 2012-2014: 16,2
  • 2015-2017: 15,3
  • 2018-2020: 18,5
  • 2021-2023: 14,3

“Esta queda no coeficiente pode estar associada à mudança na estrutura populacional pela atualização censitária de 2022, sendo importante o acompanhamento nos próximos anos”, diz o levantamento. O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) indica que, de 2014 a 2023, o câncer de mama representou a maior proporção de óbitos por neoplasias em mulheres. Somente em 2023 foi a causa básica de 134 óbitos.

  • Mama: 17%
  • Colorretal: 12%
  • Brônquios e pulmões: 11%
  • Pâncreas: 7%
  • Estômago: 5%
  • Ovário: 4%
  • Corpo do útero: 4%
  • Fígado: 3%
  • Encéfalo: 3%
  • Demais neoplasias: 34%

Incidência de casos

O levantamento mostra que a taxa de incidência de casos tem apresentado tendência de elevação, sendo que no biênio 2018-19 o coeficiente foi de 80 casos para cada 100 mil mulheres. Isso revela aumento no diagnóstico de neoplasia de mama.

  • 2010 a 2011: 71,94
  • 2012 a 2013: 74,04
  • 2014 a 2015: 71,55
  • 2016 a 2017: 73,95
  • 2018 a 2019: 80,05

No período de 2010 a 2019, aproximadamente 570 novos casos de câncer de mama invasivo foram diagnosticados por ano. “O cálculo da taxa de incidência média do período nos mostra a ocorrência de 74,4 casos em cada 100 mil mulheres [taxa ajustada pela população brasileira 2010] ao ano tiveram diagnóstico desta neoplasia”, destaca o boletim.

A Secretaria de Saúde destaca ainda que a idade é um dos fatores que mais atribui risco para o câncer de mama, sendo esperado um aumento da incidência nas faixas etárias mais avançadas. Durante o período de 2010 a 2018, os casos diagnosticados foram para idade média de 58 anos. A idade mínima foi de 21 anos, enquanto a máxima foi 103 anos.

Quais as causas?

O câncer de mama tem múltiplos fatores relacionados ao surgimento. Alguns não são modificáveis como condições genéticas/hereditárias, alterações biológicas relacionadas à idade e à vida reprodutiva. Porém, alguns fatores comportamentais de risco podem ser associados como excesso de gordura corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcóolicas. A detecção precoce é de extrema importância para diagnosticar o câncer em estágios iniciais, o que possibilita tratamento eficaz e eleva a chance de cura.

Distribuição proporcional de lesões na mama segundo extensão - 2010 a 2019

  • In situ (não invasivo): 11%
  • Localizado: 29%
  • Metástase: 31%
  • Sem informação: 29%

O conhecimento sobre a doença continua sendo uma das principais armas para diminuir os mitos e temores relacionados ao tema. A adoção de hábitos saudáveis de vida e os cuidados preventivos em saúde são fundamentais para o enfrentamento desta importante patologia, bem como a oferta de exames e tratamentos adequados e em tempo oportuno.

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