Novo modelo de energia da Ceasa Campinas deve gerar R$ 10 milhões de economia

A prefeitura espera que essa economia seja vista nos próximos cinco anos, após a migração do mercado cativo de energia para o mercado livre

Por Rafaela Oliveira

Novo modelo de energia da Ceasa Campinas deve gerar R$ 10 milhões de economia
Conta de energia elétrica representa cerca 22% do rateio total dos permissionários
Divulgação/Ceasa Campinas

Um novo modelo de fornecimento de energia elétrica entrou em funcionamento no complexo da Central de Abastecimento da Ceasa Campinas no início deste mês de abril. Essa mudança, segundo a prefeitura do município, deve gerar uma economia de, no mínimo, de R$ 10 milhões nos próximos cinco anos. 

O novo de fornecimento de energia elétrica trata-se da migração do mercado cativo (fornecimento padrão) para a aquisição de energia para o mercado livre (que funciona como uma bolsa de valores). A medida deve beneficiar, conforme executivo municipal, os mais de 800 permissionários dos mercados do entreposto. 

Conforme o presidente da Ceasa Campinas, Valter Greve, a economia que essa mudança vai gerar deve impactar nos preços para o consumidor final e proporcionar um fôlego financeiro para os permissionários, podendo resultar em investimentos e melhorias em infraestrutura. 

“Para a Ceasa, reduzir custos do permissionário é importante para que essa economia reflita nos preços dos produtos, de forma que podemos beneficiar o consumidor final na aquisição dos alimentos in natura de forma mais acessível economicamente”, explica Valter Greve. 

Com um consumo de cerca de 800.000 Kwh/mês, o presidente da Ceasa Campinas ressalta que a conta de energia elétrica representa, em média, 22% do rateio total dos permissionários. “Pela sua relevância, vinhamos trabalhando firmemente nos últimos anos, desde o início da gestão, na busca de uma alternativa moderna para, na medida do possível, reduzir os custos”, comentou. 

Mercados de energia 

O mercado livre de energia é o oposto do mercado regulado, sendo possível a realização de contratos bilaterais de curto, médio ou longo prazos. 

Os consumidores livres compram energia diretamente dos geradores ou de comercializadores, através de contratos bilaterais com condições livremente negociadas, como preço, prazo, volume, entre outras. Cada unidade consumidora paga uma fatura referente ao serviço de distribuição para a concessionária local (tarifa regulada) e uma ou mais faturas referentes à compra da energia (preço negociado de contrato). 

Já os consumidores cativos são os que compram energia das concessionárias de distribuição às quais estão ligados. Cada unidade consumidora paga apenas uma fatura de energia por mês, incluindo o serviço de distribuição e a geração da energia, e as tarifas são reguladas pelo governo.