A Unicamp inaugura nesta terça-feira (27/06), às 9h, o IOU (Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço), com capacidade para 200 mil atendimentos e 4 mil cirurgias por ano, em um sistema híbrido.
O Instituto, sem fins lucrativos, será o maior complexo em atendimento, cirurgia, ensino e pesquisa da área. Oferecerá tratamento multidisciplinar, procedimentos modernos e cirurgias de alta complexidade, com métodos pouco invasivos, para pacientes com câncer e doenças do trato respiratório, nariz, ouvido e garganta. Será o principal centro médico-hospitalar para uma população de 7 milhões de habitantes das 90 cidades próximas à Campinas.
“O Brasil era carente em centros de treinamento em técnicas cirúrgicas e procedimentos clínicos especializados, o que obrigava os maiores talentos locais a buscarem aperfeiçoamento no exterior. Agora o IOU já se posiciona como um dos principais centros de treinamento e capacitação de excelência na área de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do continente”, afirma Agrício Crespo, diretor do IOU e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. A ideia é capacitar médicos em procedimentos capazes de oferecer o melhor do padrão internacional em assistência médica.
Excelência em treinamento e pesquisa
O hospital-escola receberá ao ano aproximadamente 130 estudantes de medicina e fonoaudiologia da Unicamp além de residentes de todas as partes do Brasil. O Instituto conta com um Laboratório de Genômica, coordenado pelo cientista Paulo Arruda, um dos maiores nomes da genética brasileira, e se dedicará a duas linhas de pesquisa: genética da surdez e a de cânceres de cabeça e de pescoço.
O Instituto já nasce como um centro de referência em procedimentos de alta complexidade, uma vez que foi idealizado pela Divisão de otorrinolaringologia do hospital das Clínicas da Unicamp, pioneira na cirurgia do câncer de laringe por método minimamente invasivo e na reabilitação vocal por próteses fonatórias.
“Somos a primeira instituição pública do Brasil a fazer cirurgias endoscópicas para câncer de laringe usando laser de CO2, que reduz o período de internação de 10 dias para 24 horas, além de facilitar enormemente o pós-operatório.. Ele é considerado um padrão-ouro internacional e é apenas um exemplo dos métodos inovadores adotados no Instituto”, exemplifica Agrício Crespo.
IOU em números
200 mil consultas médicas/ano
88.668 exames de apoio diagnóstico/ano
4.320 cirurgias de portes variados/ano
7.000 m2 de construção, em terreno de 11.000 m2
30 consultórios médicos e para terapias complementares
18 estações de treinamento em cirurgias videoendoscópicas e microcirurgias
4 salas de cirurgias
10 salas de procedimentos especializados
3 consultórios odontológicos
3 auditórios modulares com capacidade para 220 pessoas
15 quartos para internação
Fonte: Jornal da Unicamp