Uma mulher, de 38 anos, foi presa por desviar e vender medicamentos psicotrópicos da farmácia do Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), na noite desta quarta-feira (4). A suspeita era auxiliar de famácia na unidade de saúde e, na casa dela, os policiais encontraram 770 caixas de diversos remédios.
A prisão foi feita pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana, depois que os policiais receberam uma denúncia que acusava a funcionária da farmácia de roubar medicamentos como Ketamina, Morfina e Fentanil, que são de uso e distribuição controlados, para revender a usuários para fins recreativos.
Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar a suspeita, bem como ter acesso a prints de conversas com terceiros, em que a mulher oferecia e negociava a venda dos medicamentos.
A pessoa que denunciou a auxiliar de famácia contou à polícia que a suspeita havia vendido os tais medicamentos à uma prima dela e, inclusive, entregou aos policias duas sacolas com mais de 100 ampolas de Fentanil, além de dezenas já consumidas de Morfina. Os medicamentos foram reconhecidos pela direção do Hospital de Americana como sendo da unidade de saúde.
A prisão da mulher foi feita no estacionamento do hospital. A princípio, ela negou as acusações, mas, depois, acabou confessando o crime. Na bolsa dela, foram encontradas uma ampola do medicamento Acetato de Betametasona, além de diversos comprimidos e pomadas de medicamentos variados, que a mulher não quis informar a origem. Na casa dela, foi localizada outra enorme quantidade de medicamentos desviados.
Em nota, a Santa Casa de Chavantes, que administra o Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, informou que abriu um processo administrativo para apurar o desvio, que a ação resultou na prisão da investigada e que colabora com a polícia prestando informações a respeito da detida.
A suspeita foi levada à DIG de Americana, onde permaneceu presa por receptação, corrupção e peculato. A polícia segue investigando o caso para identificar outros envolvidos no crime.