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MP denuncia 7 pessoas por mortes ligadas à disputas por pontos de jogos de azar

A Justiça de Piracicaba (SP) acolheu a denúncia e transformou os acusados em réus também por organização criminosa e exploração de jogos de azar

Por Da redação

MP denuncia 7 pessoas por mortes ligadas à disputas por pontos de jogos de azar
Crédito: TV Metropolitana de Piracicaba)

Sete homens foram denunciados pelo Ministério Público (MP-SP) e a Promotoria de Piracicaba (SP) por mortes ligadas à disputas por pontos de jogos de azar na cidade. A Justiça acolheu a denúncia e transformou os acusados em réus também por organização criminosa e exploração de jogos de azar é desta terça-feira (2). Os alvos tiveram ainda suas prisões preventivas decretadas.

A primeira vítima, o empresário Wilson Roberto Casale, foi assassinada em maio de 2018 dentro de seu estabelecimento comercial com três tiros. O filho dele, Felipe Roberto Casale, de 37 anos, deu continuidade à exploração de jogos de azar e também acabou morto, executado na rua em 15 de março de 2024. 

Segundo o Ministério Público, a denúncia oferecida à Justiça identificou os mandantes dos crimes, seus intermediários e um envolvido na execução dos homicídios. As investigações continuam para identificar os demais executores, garante o MP-SP. 

Além disso, a investigação realizada pelo MP identificou a relação estreita entre os integrantes da organização criminosa de exploração de jogos de azar e uma facção criminosa, cujos integrantes atuavam em conexão para realizar cobranças e missões destinadas à execução de crimes de mando.

Para o promotor Aluisio Antonio Maciel Neto, um dos signatários da denúncia, as apurações revelaram que uma aparente contravenção penal, como a exploração de jogos de azar, pode encobrir uma grande estrutura para a prática de crimes violentos e graves. "Não é apenas o jogo em si, mas o que se constrói a partir dele com o poderio econômico angariado, seja para a corrupção de agentes públicos ou a execução de crimes de mando, no mesmo modelo de máfias italianas", afirmou o membro do MPSP. 

O assassinato do empresário levou à deflagração, em maio deste ano, da Operação Jogo da Vida. Na ocasião, as autoridades apreenderam duas armas, 172 munições, seis acessórios de armas de fogo, R$ 310 mil em dinheiro, cerca de R$ 492 mil em cheques, cinco máquinas caça-níquel, 36 placas mãe de computador, 215 aparelhos celulares sem procedência, duas bolsas com dezenas de chaves de máquinas caça-níquel, planilhas e diversas anotações da organização criminosa.

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