O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (8), que decidiu enviar 100 mil doses extras da vacina contra febre amarela para o estado de São Paulo. A decisão foi tomada após quatro macacos do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, testarem positivo para a doença.
A Pasta reforça que os macacos doentes não transmitem a doença, são um indicativo de circulação do vírus. Ainda, de acordo com a prefeitura de Ribeirão Preto, nenhum registro de febre amarela em humanos foi observado atualmente na cidade.
Em nota, o ministério afirma que considera importante intensificar a vacinação contra a febre amarela porque essa é uma das recomendações para o controle de casos e prevenção da doença.
Macaco não transmite doença
Os primatas são os principais hospedeiros do vírus, mas os únicos vetores de transmissão são os mosquitos. No meio silvestre, os mosquitos picam o macaco que, depois de infectado pelo vírus, pode ser picado por outro vetor e este, por sua vez, transmitir a doença para o homem.
Vacina
A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde do estado de São Paulo. Desde 2017 o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ainda neste mês de janeiro, o ministério informou que vai distribuir mais de 600 mil doses de rotina dessa vacina para São Paulo.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda que é causada por um vírus, transmitido pela picada de um mosquito silvestre, que vive em zona de mata, e não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais da febre amarela são febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela.
No Brasil, o ciclo da doença atualmente é silvestre, com transmissão por meio de mosquitos. Os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no país em 1942.