Mercedes-Benz de Campinas é condenada em R$ 40 milhões por descriminação de funcionários

O Ministério Público do Trabalho move ação que julga casos de racismo, e assédio moral contra trabalhadores lesionados

*Bruna Azevedo

Mercedes-Benz de Campinas é condenada em R$ 40 milhões por descriminação de funcionários
Foto/Wikimedia Commons

A Mercedes-Benz de Campinas (SP) foi condenada a pagar R$ 40 milhões por assédio moral, racismo e discriminação contra funcionários lesionados. A ação foi movida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Além da indenização, os desembargadores determinaram o cumprimento de mais de 12 obrigações instituídas pelo MPT, com multa de R$ 100 mil por vítima, ou multa diária de R$ 10 mil, por descumprimento das medidas.

Algumas das obrigações instituídas são: fim da prática de assédio moral, a elaboração de programas internos de prevenção ao assédio e discriminação, implementação de normas de conduta e uma ouvidoria interna sobre os casos de assédio, entre outras.

Segundo as vítimas de assédio moral, os funcionários que possuíam alguma condição médica ou lesão eram isolados dos outros e chamados de “vagabundos” e “preguiçosos”. Um dos trabalhadores reabilitados por condição física foi isolado dos demais colegas de trabalho por ser “articulado” demais, além disso, a chefia proibiu o contato com ele, para evitar “contaminação”. Outro empregado sofreu racismo, sendo chamado de “macaco” pelo chefe, após denunciar os casos de assédio moral contra reabilitados.

Em de 2023, o juízo da 12ª Vara do Trabalho de Campinas negou os pedidos do MPT. Atualmente o processo está sendo acompanhado pelo procurador Marcel Bianchini Trentin.

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