Mais três guardas civis municipais foram presos na manhã desta terça-feira (16/08), em Sorocaba, suspeitos de tortura durante as abordagens. No dia 5 deste mês, outros quatro guardas já foram presos, também suspeitos do mesmo crime. Todas as prisões são parte de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, órgão ligado ao Ministério Público. Os três presos da manhã desta terça-feira foram levados diretamente para São Paulo, pois já tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça e devem ser levados ao presídio de Tremembé.
Os outros quatro guardas presos anteriormente também tiveram as prisões preventivas decretas.
Segundo os promotores do Gaeco, foram 45 dias de investigações, inclusive com escutas telefônicas e os trabalhos começaram após denúncias feitas ao Ministério Público. Para os cumprimentos de mandados há apoio de policiais civis de São Paulo.
De acordo com o que foi apurado, os presos entravam nas casas das pessoas, levavam dinheiro e participavam de crimes de tortura. Buscavam, ainda, conseguir informações sobre drogas. Inclusive uma pessoa teria sido torturada em um galpão na Zona Norte de Sorocaba, com socos e chutes. Essa vítima precisou de atendimento médico e passou por exame de corpo de delito e o laudo comprovou as agressões, segundo os promotores.
As prisões do dia 5 de agosto foram nas casas dos investigados e em uma base da Guarda Civil Municipal. Entre os suspeitos, há guardas com a atuação durante mais 20 anos na corporação.
À época das primeiras prisões, a Prefeitura de Sorocaba informou, em nota, que “a Guarda Civil Municipal e o Município irão colaborar com tudo o que for possível, assim como tomar as medidas administrativas cabíveis”.
Edição: Ricardo Cavalcanti