Mais dois guardas civis municipais foram presos, na manhã desta segunda-feira (22), em Sorocaba (SP). Desde o começo deste mês de agosto já são nove guardas detidos suspeitos de tortura na cidade.
As prisões desta segunda-feira são parte da terceira fase da “Operação Pantera Negra”, deflagrada após investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, órgão ligado ao Ministério Público.
Os mandados foram cumpridos por policiais civis de São Paulo e os guardas, detidos em uma base da Guarda Municipal, próxima à antiga Estação Ferroviária, na região central, e em uma residência. Eles foram encaminhados à capital. Os outros sete guardas detidos nas duas primeiras fases da Operação (que foram nos dias 5 e 16 de agosto) estão presos na unidade prisional de Tremembé, após terem a prisão preventiva decretada.
Segundo os promotores do Gaeco, foram 45 dias de investigações, inclusive com escutas telefônicas, e os trabalhos começaram após denúncias feitas ao Ministério Público. De acordo com o que foi apurado, os presos entravam nas casas das pessoas, levavam dinheiro e participavam de crimes de tortura. Buscavam, ainda, conseguir informações sobre drogas. Inclusive uma pessoa teria sido torturada em um galpão na Zona Norte de Sorocaba, com socos e chutes. Essa vítima precisou de atendimento médico e passou por exame de corpo de delito e o laudo comprovou as agressões, segundo os promotores.
Em nota, a Prefeitura informou que “a Guarda Civil Municipal e o município seguem colaborando com tudo o que for possível nas investigações, assim como tomando todas as medidas administrativas cabíveis”.
Acompanhe imagens da operação feita nesta segunda-feira e durante a primeira fase, em 5 de agosto:
Edição de imagens: Ricardo Cavalcanti
Esta reportagem está em atualização.