Uma mulher, de 34 anos, e dois filhos dela foram resgatados pela Polícia Civil de Americana (SP), nesta quinta-feira (16), após serem mantidos sem comunicação com a família, por cerca de dois meses, pelo companheiro da mulher. As vítimas foram localizadas após uma denúncia da mãe da mulher e avó das crianças, em um hotel, no Centro de Araraquara (SP). O homem foi preso.

De acordo com os policias, a família foi convencida a sair de casa no dia 27 de janeiro e, depois disso, não foi mais vista. As crianças, de 6 e 8 anos, eram obrigadas pelo namorado da mãe a pedir dinheiro em semáforos e comércios.

A mãe da vítima, que foi quem denunciou o caso, contou aos policiais que, antes de desaparecer, a mulher passou na casa dela, deixou com ela umas das filhas, de 13 anos, e saiu com os outros dois filhos menores. A avó das crianças suspeitava de que a filha teria ido se encontrar com um namorado que conheceu na internet.  Ela ainda relatou que a filha “apresentava problemas de deficiência intelectual, mas que não costumava desaparecer”.

Após a denúncia, policias da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) passaram dois meses monitorando escolas e hospitais para descobrir o paradeiro da família. As vítimas só foram encontrar após a polícia quebrar o sigilo bancário e identificarem compras no cartão da mulher, feitas no hotel de Araraquara, onde elas foram encontradas. 

A mãe das crianças contou que o homem prometeu que, se ela fugisse com ele, ela e os filhos teriam uma “vida normal” e que ele trabalharia para sustenta-los. Ela era ameaçada, agredida e impedida de fazer contato com a família. O homem dizia que, se ela fosse embora, ele mataria as crianças. Ele também agredia os filhos da mulher.

As três crianças, por decisão do Conselho Tutelar, vão ficar com a avó, que agora tem a guarda dos menores.

O criminoso foi preso e já tinha passagens pela polícia por furto e porte ilegal de arma. Ele vai responder violência doméstica, lesão corporal, ameaça, violência psicológica, constrangimento ilegal e exposição de crianças a situações vexatórias e humilhante, de acordo com a DIG.