Um laudo da prefeitura de Campinas (SP) aponta que 181 árvores, sendo a maioria das espécies eucalipto e tipuana, devem ser extraídas da Lagoa do Taquaral. A medida foi adotada para evitar novos acidentes como o da queda de eucalipto que matou uma menina de 7 anos e deixou uma mulher gravemente ferida.
De acordo com a administração municipal, que fez a avaliação a pedido do Ministério Público (MP-SP), o trabalho será realizado a partir desta quarta-feira (15).
Assim como o eucalipto, a tipuana não é uma árvore nativa e apresenta riscos à população, ainda mais por estarem plantadas desde a época em que o local era a Fazenda Taquaral - há pelo menos 51 anos.
A maioria dos arbóreos a serem retirados são eucaliptos (35), tipuanas (34), árvores secas (32) e não identificados (13). As outras espécies aparecem em números menores, sendo 30 espécies diferentes. Imagens do laudo mostram algumas árvores comprometidas, com cupins e fendas no tronco, e outras plantadas em locais propícios à queda.
Além da retirada das árvores, o laudo orienta a poda de 45 árvores no interior do parque. Sendo a maioria tipuanas (19), seguidas por árvores não identificadas (9) e figueiras (4). As outras 13 árvores são diversas, como melaleuca, ipês e pau-ferro.
Até o momento, a prefeitura não divulgou um plano de reflorestamento, com árvores nativas para substituir as espécies retiradas do parque. Imagens mostrando o antes e depois do Parque Portugal surpreende, apesar de necessário, devido aos riscos que espécies como eucaliptos representam as pessoas que frequentam o local.
Para evitar acidentes, a Lagoa do Taquaral permanece fechada desde o acidente que causou a morte de uma menina de 7 anos, no dia 24 de janeiro. Até o momento, não há previsão para reabertura do parque.
*Sob supervisão de Rose Guglielminetti
