O Hospital Estadual Sumaré (HES) da Unicamp confirmou nesta quinta-feira (14) que o setor de emergência está superlotado. O setor tem capacidade máxima para 12 leitos e, no momento, a ocupação é de 21 pacientes.
A situação agrava a crise na saúde da região de Campinas (SP). No início desta semana, o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp também informou que o pronto-socorro adulto estava lotado e pediu a suspensão por tempo indeterminado do envio de pacientes ao setor da unidade médica.
A lotação dos leitos não atinge apenas os hospitais estaduais. Em Campinas (SP), os hospitais municipais Ouro Verde, Mário Gatti e PUC-Campinas também sofrem com sobrecarga. Diante da crise, a prefeitura da metrópole e a direção dos hospitais definiram sete medidas para desafogar os hospitais da cidade:
- Transferir pacientes de baixa e média complexidade da região, internados em Campinas (SP), para que sigam tratamentos em suas cidades;
- Propor ao secretário de Saúde Eleuses Paiva a instalação de novos leitos de baixa e média complexidade na região (reunião marcada para 19 de março);
- Criação de uma regulação regional com participação da Unicamp, para que pacientes sejam encaminhados para hospitais da própria região e, assim, liberar leitos em Campinas.
- Ampliação de vagas de hemodiálise na região. Há proposta também de a Unicamp abrir um terceiro turno de hemodiálise, assunto que será discutido na terça, com o secretário de Saúde.
- Na mesma reunião será discutida a adoção da tabela SUS Paulista também para os hospitais públicos. A inclusão é importante para o HC da Unicamp e a Rede Mário Gatti ampliarem a oferta de atendimento.
- Implantação de Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) nas cidades da região para que pacientes de baixa complexidade, que hoje estão em leitos hospitalares, possam continuar tratamento em casa. Apenas Campinas, na região, tem o serviço e atende 800 pacientes.
- Reafirmar a necessidade de implantação de hospital regional.
Aumento no número de pessoas internadas
O aumento de pessoas internadas nos hospitais municipais ocorre devido ao aumento nos atendimentos de doenças respiratórias – como covid-19 – e pacientes em hemodiálise. Já no HES e HC da Unicamp, nenhum dos pacientes está internado no setor de emergência para adultos devido ao coronavírus ou dengue, mas sim por traumas ou doenças como AVC (Acidente Vascular Cerebral).