O HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp vai deslocar equipes da unidade hospitalar para as cidades que irão participar do mutirão de cirurgias eletivas represadas pela pandemia do coronavírus. O Estado quer reduzir a fila de pouco mais de 72 mil pessoas que estão aguardando por uma intervenção cirurgica.
A parceria está sendo negociada entre a reitoria da Universidade e a DRS-7 (Diretoria Regional de Saúde). O Estado irá contratar a rede privada e pública, além de hospitais filantrópicos e conveniados ao SUS para fazer as cirurgias.
O novo modelo
A coordenadora de Assistência do HC da Unicamp, Elaine Ataide, detalhou o projeto. "Nossa ideia é fazer uma parceria com médicos e docentes do HC, que, em um primeiro momento, iriam com os residentes de cirurgia geral até as cidades para fazerem procedimentos de nível secundário, como cirurgias de hérnia e de vesícula".
Segundo a coordenadora, mesmo com profissionais disponíveis para as cirurgias, frequentemente faltam leitos para internação para esse tipo de paciente no HC. Já em outras cidades da região, há infraestrutura e leitos disponíveis, mas falta pessoal para realizar as cirurgias.
"Trabalhamos com uma enfermaria com mais de 100% de demanda. Temos pacientes aguardando para serem internados. Não conseguimos interná-los para cirurgia aqui, mas na sua cidade de origem, sim. Acredito que a parceria poderá ser frutífera", disse.
Se o projeto-piloto der certo, o procedimento poderá tornar-se permanente. Ataide garante que não haverá desfalques nas equipes do HC. "Os mutirões seriam realizados aos finais de semana, com uma equipe que não estaria de plantão", explica.