O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), pela Polícia Civil, Polícia Militar (PM) e Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira (16), a 2ª fase da Operação Carcará, com o objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em roubos a carros-fortes e empresas transportadoras de valores. Na região, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Americana (2), Santa Bárbara d’Oeste (2), Mogi Mirim (3), Mogi Guaçu (2), Atibaia (1), Cosmópolis (1). Também houve buscas em Franca (7), São Paulo (9), Ribeirão Preto (10), São Caetano (4), Serra Azul (1), Santo André (1), São José dos Campos (1), Jacareí (1), Taboão da Serra (1), Mongaguá (1), Guarulhos (1).
Em Santa Bárbara d’Oeste, ambos os mandados foram cumpridos no bairro Mollon IV. Os suspeitos, de 38 e 45 anos, tiveram três celulares, documentos e R$ 2,3 mil apreendidos. O material foi encaminhado ao Ministério Público de Franca (SP).
No total, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão, em 17 cidades do Estado de São Paulo.
Além das buscas e prisões, foram decretados o bloqueio, sequestro e apreensão de bens, tais como ativos financeiros, imóveis, veículos e objetos de valor.
A investigação
A investigação, que incluiu o grupo de repressão a roubos de cargas e caminhões da Delegacia de Polícia Federal em Campinas, teve início após uma série de crimes graves ocorridos na região, quando o grupo criminoso inicialmente atacou um carro-forte na Rodovia Candido Portinari (SP-334), no dia 9 de setembro deste ano.
No dia 11 de setembro, os criminosos se preparavam para outra ação, mas, dessa vez, um veículo utilizado pelo grupo foi acompanhado por viaturas do 11º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), ocasião em que houve intenso confronto na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), na altura da cidade de Altinópolis. Três integrantes do grupo criminoso, um policial militar e um motorista de caminhão morreram.
Um dos envolvidos nos crimes está preso desde o dia 10 de setembro, quando deu entrada na UPA de Valinhos, com um ferimento de arma de fogo no pé. Ele é réu em três processos, inclusive, pelos fatos relacionados aos ataques.
A 1ª fase da Operação Carcará ocorreu no dia 4 de outubro, quando houve diligências pontuais para cumprimento de mandados de busca e apreensão na comunidade de Paraisópolis, na capital, e na Praia Grande.
Outro alvo foi preso no dia 24 de outubro em São Paulo, ocasião em que estava na posse de fuzis, grande quantidade de munições, itens e petrechos utilizados pela quadrilha, mapas da cidade de Praia Grande, além de drogas e material utilizado no tráfico. Ele estava foragido desde o ano de 2009, tendo em vista seu envolvimento na morte de dois policiais militares na cidade de Santo André.