Foram retiradas 2,97 toneladas de peixes mortos do Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP), pela força-tarefa criada pela prefeitura para limpeza do afluente. A ação realizada nesta quinta-feira (11) foi necessária devido a mortandade em decorrência do descarte irregular de resíduos industriais no ribeirão Tijuco Preto, que é afluente do Piracicaba e atingiu o rio.
A coleta dos peixes foi executada em trecho do rio por meio de botes e barcos, principalmente nas margens. Todo material orgânico foi recolhido pela Piracicaba Ambiental, empresa terceirizada, contratada pelo município, que fará a destinação correta, de modo a evitar o mau cheiro no rio e a contaminação das águas e do solo.
A equipe de trabalho é composta pelas secretarias de Governo (Semgov), de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) e de Obras e Zeladoria (Semozel), Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Agência PCJ, Fundação Florestal, Amoporto, Instituto Beira Rio e Associação Remo Piracicaba.
Os serviços foram acompanhados pela Semgov e Simap, com aval da Cetesb – agência responsável pelo monitoramento e fiscalização do rio Piracicaba.
Usina que causou contaminação pode ser multada em até R$ 50 milhões
A mortandade dos peixes aconteceu em decorrência do despejo irregular de resíduos industriais da Usina São José, no ribeirão Tijuco Preto, afluente do rio Piracicaba. Os peixes começaram a ser vistos mortos no último domingo (7).
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) elaborou laudo preliminar, por meio de amostras das águas, que identificou o descarte irregular. Diante do laudo, a Prefeitura de Piracicaba (SP) já acionou o Ministério Público (MP) para que notifique a prefeitura de Rio das Pedras (SP), onde a usina está localizada.
Em nota, a Cetesb informou que localizou a fonte poluidora e interrompeu o descarte irregular de resíduo industrial, além de iniciar análises das amostras coletadas para definir as punições cabíveis à usina responsável, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa. O valor da multa, segundo a companhia, varia entre R$ 500 e R$ 50 milhões.
A Prefeitura de Piracicaba (SP) afirma que continua monitorando a qualidade da água do rio e pretende exigir do responsável o repovoamento, com a soltura de alevinos.