Feminicídio: Campinas promove semana de Combate à Violência Contra a Mulher

Campinas registrou este ano seis feminicídios. Em 2021 foram cinco e em 2020 foram sete

*Rafaela Oliveira

A data marca o aniversário do assassinato de Thaís Fernanda Ribeiro
Reprodução

A Prefeitura de Campinas promove entre os dias 8 e 12 de maio a Semana de Combate ao Feminicídio. As ações ocorrerão em vários locais do município e são desenvolvidas por diversas instituições, por meio da Rede Municipal de Proteção e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e de representantes da sociedade civil.  

Campinas registrou neste ano seis feminicídios, um a mais em comparação a todo o ano de 2021. Em 2020, sete mulheres foram mortas em razão do gênero. Em 21,27% das notificações de violência contra mulheres em residentes de Campinas, o autor do crime é o cônjuge da vítima, segundo dados do Sistema de Notificação de Violência (Sisnov). Maior taxa entre os autores dos crimes. 

A Sisnov, que monitora dados sobre o tema, também aponta que as regiões que registram os maiores índices conhecidos de agressão a mulheres são a região Noroeste, com 26,2% e a região Sul, com 25,1%. Sudeste vem na sequência, com 20%; Norte com 16,3%; e Leste com 12,3%. Devido a subnotificações, os números oficiais não refletem a realidade dos casos, fator que torna ainda mais necessária as campanhas de prevenção.  

Programação  

Domingo (08), às 9h30 

Missa pelos 3 anos de falecimento da Thaís Fernanda Ribeiro e todas as Vítimas de Feminicídio. 

Local: Paróquia São Marcos, o evangelista - (R. Adélino de Abreu, 166 - Jardim São Marcos) 

Segunda-feira (09), às 19h 

Conversa com os Homens sobre Masculinidade Tóxica. 

Local: Estação Cultura Thaís Fernanda Ribeiro (CEU) - (R. Demerval da S Pereira, s/nº - Lot. Vila Esperanca) 

  

Terça-feira (10), às 9h 

Ato em Memória das Vítimas de Violência e Feminicídio. 

Local: Avenida Comendador Aladino Selmi º 2.208 

9h30: Caminhada e entrega de Rosas durante o percurso até o CEU. 

10h30: Roda de Conversa na Estação Cultura Thaís Fernanda Ribeiro (CEU) 

  

Quarta-feira (11), das 9h30 às 11h 

Palestra sobre Feminicidio, na Estação Cultura Thaís Fernanda Ribeiro (CEU) 

Local: Estação Cultura Thaís Fernanda Ribeiro (CEU) - (R. Demerval da S Pereira, s/nº - Lot. Vila Esperanca) 

  

Quinta-feira (12), das 9h às 17h 

Seminário “Todos contra o Feminicídio”, sobre políticas de Combate e Prevenção ao Feminicídio. 

Salão Vermelho da Prefeitura 

Local: Paço Municipal (Av. Anchieta, 200). 

Semana Municipal de Combate ao Feminicídio 

Instituída por lei em 2019, a Semana Municipal de Combate ao Feminicídio visa difundir as ações de informação sobre o tema em Campinas na segunda semana de maio. A data marca o aniversário do assassinato de Thaís Fernanda Ribeiro, de 21 anos, morta va tiros no mesmo ano pelo namorado. 

Ações contra a violência de gênero 

Desde 2021, a Prefeitura de Campinas conta com a Rede Municipal de Proteção e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. A rede acompanha também os dados de notificação compulsória de violência doméstica, sexual e/ou outras violências nos serviços de saúde. Além de buscar informações junto aos órgãos responsáveis pela aplicação da Lei Maria da Penha, visando o acompanhamento de medidas protetivas e os processos julgados de acordo com a lei. 

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) oferece atendimento especializado para famílias e pessoas que se encontram em situação de risco pessoal ou social por violação de direitos.  

Além da Rede de Proteção à Mulher, do Creas e do Ceamo, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos também conta com o Seravi (Serviço de Responsabilização e Reeducação ao Autor de Violência). O Seravi realiza o acompanhamento de agressores, com atendimento visando a conscientização contra a violência de gênero.  

Além dessas ações, a Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública de Campinas tem o programa Guarda Amigo da Mulher, que visa dar proteção a vítimas de violência doméstica, e a Sala Lilás, para acolher vítimas e apoiar mulheres com uma equipe multidisciplinar. 

*Sob supervisão de Rose Guglielminetti.

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