Três pessoas morreram após participarem de um evento em uma fazenda no Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP). Eles morreram no dia 8 de junho, sete dias após irem à fazenda. Foi confirmado hoje (13) que uma das vítimas morreu após contrair febre maculosa, provavelmente, durante o evento. Os outros casos ainda são investigados.
Os três apresentaram febre, dor no corpo e erupção cutânea. Eles morreram na última quinta-feira (8), com suspeita de dengue, febre maculosa e leptospirose.
Até o momento, foi confirmado que a dentista e biomédica Mariana Giordano, de 36 anos, morreu por febre maculosa. Ela é moradora da Capital paulista e esteve em um evento na Fazenda Santa Margarida no dia 27 de maio.
A morte do namorado da dentista, o piloto e empresário Douglas Costa, de 42 anos, ainda está sendo investigada. Ele também esteve no evento em uma área rural de Campinas.
A moradora de Hortolândia, de 28 anos, também esteve presente no evento da Fazenda Santa Margarida no dia 27 de maio.
Ações de prevenção
O Distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença. A Fazenda Santa Margarida, onde as três vítimas estavam antes de morrer, foi notificada pela prefeitura sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa.
Em nota, a prefeitura afirma que após a notificação dos casos o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida.
Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico.
Nos próximos dias, técnicos do Devisa farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço.
Na semana passada, a Prefeitura reforçou as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques da cidade.
Febre maculosa
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados.
A diretora do Devisa, Andrea von Zuben, informa que o principal sintoma da doença é a febre alta que pode ser confundida com outras enfermidades. “Por isso é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, reforça.
Situação da doença
Campinas e região são áreas endêmicas para a febre maculosa. Neste ano, com o caso da dentista, já são três confirmados no município até o momento, com a causa da morte confirmada pela doença. Duas pessoas eram moradoras da cidade e a terceira foi a dentista de São Paulo.
Há outros dois casos suspeitos que aguardam resultados de exames, sendo um o de Jundiaí e outro o de Hortolândia.