A temporada de outono-inverno é o período de maior incidência de carrapatos transmissores da febre maculosa. Isso ocorre porque é nessa época que eles se reproduzem e que surgem as larvas, conhecidas popularmente como “micuim” e “vermelhinho”.
O carrapato, na fase jovem, é bem pequeno e difícil de detectar. Ele pode se grudar ao corpo e permanecer ali por um tempo antes de ser removido.
A primeira vítima da doença em Campinas (SP) é um homem de 24 anos. Ele teve os primeiros sintomas em 4 de maio, após frequentar a lagoa do Parque Botânico Amador Aguiar, e morreu em 10 de maio. Em 2023, Campinas registrou 20 casos de febre maculosa e sete mortes.
A doença
Em entrevista ao Band.com.br, o infectologista Álvaro Furtado explicou que a febre maculosa é uma doença transmitida pela bactéria Rickettsia rickettsii, encontrada em alguns carrapatos, especialmente animais da espécie “estrela”.
“O grande problema da febre maculosa são os sintomas, que são muito parecidos com uma série de doenças importantes no nosso país. O paciente vai ficar com um quadro de febre, dor articular e pode ter manchas no corpo”, disse.
Os sintomas
Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça e dor no corpo, com piora progressiva e surgem de dois a 14 dias após a picada do carrapato infectado, podendo ser confundidos com outras doenças, como dengue, leptospirose, gripe e covid-19.
Febre maculosa tem cura
O tratamento contra a febre maculosa precisa ser iniciado logo nos primeiros dias de sintomas para evitar agravamento e possível óbito. Ao apresentar os sintomas, o paciente deve informar que esteve em local onde o carrapato-estrela pode estar presente.
Prevenção
A Saúde alerta que é importante evitar contato direto com vegetação, principalmente perto de rios, córregos e lagoas, utilizar roupas e calçados que cubram o corpo e ficar atento para retirar rapidamente eventuais carrapatos aderidos à roupa e ao corpo.