Os dados de fevereiro de 2022 da Boa Vista - SCPC, avaliados em função do nível de faturamento, apresentaram reduções de 8,02% na comparação com janeiro de 2022 e de 0,65% em relação a fevereiro do ano passado. De acordo com a avaliação feita pelo economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), destacam-se no período a expansão de 5,89% nas compras à vista e a queda de 5,51% nas compras a prazo.
Nas vendas físicas, o faturamento de Campinas em fevereiro de 2022 foi calculado em R$ 969,5 milhões, atingindo 99,35% do faturamento no mesmo mês de 2021, que foi de R$ 975,8 milhões (0,65% negativos). Na RMC, as vendas de fevereiro de 2022 foram calculadas em R$ 2,308 bilhões, representando também queda de 0,65% do total comercializado em fevereiro de 2021, que atingiu R$ 2,323 bilhões.
Nas vendas de Bens Não Duráveis, os postos de combustíveis registraram aumento de 8,93%, seguidos pelos supermercados (6,95%) e pelas drogarias e farmácias (4,5%). Nas vendas de Bens Duráveis, a maior evolução foi no segmento de materiais de construção (3,71%) e no de vestuário (0,95%). Já no setor de Serviços, o Turismo e os Transportes tiveram 1,45% no aumento das vendas, enquanto o segmento de bares e restaurantes sofreu redução de 0,35% no faturamento, também em fevereiro de 2022.
O e-commerce continuou em crescimento e registrou 20,5% de aumento nas vendas. O faturamento de fevereiro de 2022 atingiu R$ 496,5 milhões em fevereiro de 2022, contra R$ 412 milhões registrados em fevereiro de 2021. A inadimplência na comparação entre fevereiro de 2022 X fevereiro de 2021, teve uma expansão de 2,92%, gerando cerca de 23.712 carnês / boletos não pagos, que correspondem a R$ 18,7 milhões em valores de endividamento dos consumidores de Campinas. Já na RMC, foram gerados 56.855 carnês / boletos não pagos, que representam R$ 44,6 milhões em valores de endividamento dos consumidores na região, no segundo mês do ano.
“A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) Nacional em 2022 não deve ultrapassar 1%, podendo se tornar negativo, dependendo da inflação e dos atuais indicadores econômicos, além dos efeitos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A previsão para os próximos meses de 2022, para o varejo de Campinas e Região, não são nada promissoras, inclusive por ser um ano eleitoral e de muita instabilidade econômica internacional e nacional”, avalia o economista.
FONTE: Equipe ACIC