Entenda a diferença entre vacinas contra covid-19 bivalentes e monovalentes

Ambas são igualmente eficazes e protegem contra a Covid-19, afirma o Ministério da Saúde

Entenda a diferença entre vacinas contra covid-19 bivalentes e monovalentes
Vacina bivalente contra a covid-19 começa a ser aplicada
Behourz Mehri/REUTERS

Três anos depois do primeiro caso de Covid-19 detectado no Brasil, tem início a aplicação das vacinas bivalentes, além das monovalentes – usadas na primeira distribuição. Apesar do nome e algumas características diferentes, ambas têm a mesma função: impedir as formas graves da doença e complicações que podem levar à morte. 

Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas bivalentes possuem em sua composição a cepa original da doença e subvariantes da Ômicron, sendo a chamada segunda geração do imunizante. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz que as vacinas bivalentes conferem maior proteção diante das subvariantes da Ômicron, visto que, emboras as monovalentes sejam efetivas contra a doença na forma grave e óbitos, o surgimento de novas variantes leva à redução da eficácia. 

Apesar disso, os imunizantes produzidos com mais de uma cepa do coronavírus não são necessariamente melhores do que os já existentes (monovalentes), defende o imunologista da Universidade Rockefeller Michel Nussenzweig ao Butantan. Isso porque a primeira geração de vacinas contra Covid-19 continua sendo eficaz em evitar hospitalizações e mortes, e as bivalentes ainda não são capazes de evitar a infecção pela doença. Ou seja, ambas ainda cumprem a mesma função. 

Tanto as bivalentes quanto as monovalentes, da primeira distribuição, agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus Sars-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade. Ainda não existem previsões de uma vacina que impeça a infecção da doença.