A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), empresa municipal responsável pelo trânsito da cidade, prorrogou por mais 30 dias a sindicância que apura se houve o pagamento de propina para que a fiscalização do serviço alternativo de ônibus fosse menos rigorosa.
Em nota, a Emdec afirmou que nesse período os integrantes da comissão levantaram uma série de dados e documentos e começaram a fazer a análise de todo o material. Ainda, explica que por ser um tema complexo, é necessário agora o cruzamento de dados.
De acordo com o Ministério Público (MP-SP), os trajetos das linhas do transporte alternativo eram usados por uma organização criminosa para lavar dinheiro do tráfico de drogas, por meio de "laranjas".
O caso veio à tona em 8 de julho, quando Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP desencadeou a 3ª fase da “Operação Sumiudouro”. Na ocasião, a polícia cumpriu três mandados de prisão, mas os alvos já estavam na cadeia.
Um dos endereços onde houve cumprimento de mandados judiciais foi o da cooperativa Altercamp. Em nota, a empresa alega que não tem qualquer envolvimento com os crimes e que não é investigada pelo MP, que as autoridades lhes informaram que os permissionários com contrato firmado com o município seriam os supostos laranjas do tráfico.
Além disso, foram realizadas mais dez de busca e apreensão cumpridos na cooperativa e em residências de pessoas ligadas às linhas de ônibus. Durante a ação, foram apreendidos computadores, celulares e duas espingardas. Duas pessoas também foram detidas.
No dia 10 de julho, após dois dias da operação, a sindicância da Emdec foi instaurada e tinha o prazo de 30 dias.