Delegado é preso em operação contra extorsão, corrupção e crime organizado

Ação também investiga um escrivão, dois GCMs, três advogados e dois investigadores de Indaiatuba

Da Redação

O Ministério Público de São Paulo (MPSP), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP) e a Polícia Civil, cumprem, na manhã desta terça-feira (26), 13 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Indaiatuba (SP) e Itu (SP). Foi preso José Clésio Silva de Oliveira Filho, delegado do 1º Distrito Policial de Indaiatuba. A Operação Chicago investiga, também, policiais civis e guardas municipais por práticas de extorsão, corrupção e organização criminosa.   

Foram deferidas medidas de sequestro de bens móveis e imóveis, além de bloqueio de valores que chegam aos R$10 milhões. Entre os 14 investigados, além do delegado de Polícia, estão dois investigadores, um escrivão, dois guardas civis municipais e três advogados.

De acordo com o Ministério Público, o modus operandi da organização criminosa consiste em invadir estabelecimentos comerciais, subtrair indevidamente bens e valores das vítimas com decretação de prisões abusivas, utilizando-se da atuação específica de polícia judiciária - boletins de ocorrência, inquérito, relatórios investigatórios. Os suspeitos também faziam exigências ilícitas de pagamento como preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.

Mais de dez empresários foram vítimas dos crimes, em especial das extorsões, no período de um ano. A exigência de valores varia de R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por vítima.