Covid-19: centros de saúde de Campinas sofrem com falta de vacina bivalente

Não há previsão para reabastecimento

Da Redação

Os centros de saúde de Campinas (SP) não têm nenhuma dose disponível da vacina bivalente contra covid-19. A informação foi confirmada pela prefeitura nesta quarta-feira (10). A administração afirma ter solicitado o envio de imunizantes ao governo do Estado, mas que ainda não houve entrega.  

“A remessa mais recente enviada representou 40% da solicitação", relata a prefeitura.

Procurado pelo Portal band Multi, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo informou que, entre fevereiro e abril, o Ministério da Saúde (MS) realizou um repasse de doses contra a Covid-19 (Bivalente e Pediátrica) inferior ao solicitado pelos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVEs). Ainda, afirma que aguarda o recebimento de novas doses por parte do Programa Nacional de Imunizações para enviar aos GVEs. O motivo pelo qual a remessa foi inferior não foi explicada.

Até o momento, a cidade registrou quatro mortes e 6.512 casos confirmados de covid-19 neste ano. E o número de pessoas imunizadas com a vacina bivalente é de 8.052 – sendo os idosos a principal faixa etária imunizada. Em março, 28 pessoas foram vacinadas e, em abril, ninguém recebeu a dose, segundo o Vacinômetro COVID-19 do Ministério da Saúde (MS).  

Todavia, por meio de nota, a Secretaria de Saúde do município afirma que as 42 doses disponíveis em três dos 68 centros de saúde (CSs), no dia 1 de abril, foram usadas. Essas aplicações, segundo a pasta, podem não estarem no registro do MS por uma questão logística. 

“Em relação à divergência de dados, a Pasta esclarece que os registros são repassados inicialmente ao governo de São Paulo, por meio de Vaci-Vida, que na sequência envia ao Ministério da Saúde. Com isso, é preciso considerar que há um tempo necessário para atualização dos sistemas”, explica em nota.

Ainda, a Secretaria destaca que, em alguns casos, nem todas as doses de um mesmo frasco de vacina são aplicadas porque é preciso considerar o prazo de vencimento a partir da abertura. “Isso pode ocorrer quando há baixa procura de determinada vacina”, completa

O público que pode receber a bivalente é composto por pessoas a partir dos 12 anos, a depender da situação vacinal e/ou se faz parte de grupos considerados prioritários, que são eles:

  • Pessoas de 60 anos ou mais;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas (a partir de 5 anos);
  • Indígenas (a partir de 5 anos);
  • Ribeirinhos (a partir de 5 anos);
  • Quilombolas (a partir de 5 anos);
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 5 anos);
  • Pessoas com comorbidades (a partir de 5 anos);
  • Pessoas privadas de liberdade (= 18 anos);
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e
  • Pessoas em situação de rua.

O monitoramento sobre doses aplicadas pode ser conferido no site: https://infoms.saude.gov.br/extensions/SEIDIGI_DEMAS_Vacina_C19/SEIDIGI_DEMAS_Vacina_C19.html

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