Usina que matou peixes no Rio Piracicaba pode ser multada em até R$ 50 milhões

Cetesb prevê que a investigação que apura o caso seja concluída na próxima terça-feira (16)

Por Rafaela Oliveira

Peixes mortos
TV METROPOLITANA DE PIRACICABA

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) prevê que a investigação que apura a morte de milhares de peixes no Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP), seja concluída na próxima terça-feira (16). A indústria responsável pelo crime ambiental já foi identificada e deve ser multada em até R$ 50 milhões.

Até o momento, a investigação descobriu que a morte dos peixes foi causada pelo extravasamento da bacia de contenção de águas residuais da Usina São José, em Rio das Pedras (SP), no córrego Tijuco Preto, que deságua no Rio Piracicaba. Em nota, a Cetesb afirma que a origem do derramamento foi cessada

Os técnicos da Cetesb descobriram isso após notarem que próximo à usina, no rio Tijuco Preto, havia manchas no solo, a água estava mais escura, espuma na água e mau cheiro. 

Foram colhidas amostras de água, que passam por análise num laboratório em Campinas (SP). Esse estudo leva cerca de cinco dias para ser concluído. Ainda deve ser feita a contabilização dos peixes mortos e um relatório dos danos causados. 

A análise da água e os dados colhidos devem ser usados para complementar a investigação. Após a conclusão desse trabalho, a Cetesb irá formalizar uma sanção administrativa contra a empresa. A previsão da companhia é de “punições severas”.

Posteriormente, por se tratar de crime ambiental, o Ministério Público (MP), que já foi acionado, e a Polícia Civil devem prosseguir com o inquérito contra a usina por crime ambiental.

Risco de contaminação 

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) reforça que a população deve evitar contato direto com a água do rio e os peixes mortos não devem ser manipulados, muito menos consumidos. 

Rio Piracicaba amanheceu com mulheres de peixes mortos 

Milhares de peixes mortos foram vistos, na manhã deste domingo (7), às margens do Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP). As imagens, registradas por moradores e pescadores, circulam nas redes sociais e preocupam os moradores.  

O ponto mais crítico foi avistado no bairro Nova Piracicaba, na rampa pública de barcos. O Semae, que monitora a qualidade da água do rio Piracicaba, notou, a partir das 4h deste domingo (7), alterações na quantidade de oxigênio, agravadas por volta das 6h.

Em nota, a Prefeitura de Piracicaba (SP) disse que “por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), Semae e Pelotão Ambiental da Guarda Civil Metropolitana, acionou a Cetesb e a Polícia Militar Ambiental para a busca da causa do episódio”.

A Prefeitura disse, ainda, que colaborará com os órgãos responsáveis, além de realizar o monitoramento constante da qualidade da água do rio Piracicaba.

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