O número de picadas de escorpião em Campinas (SP) cresceu mais 37,4% nos sete primeiros meses deste ano, comparado com o mesmo período de 2022. Os especialistas apontam que o tempo seco e as chuvas colaboram para o aparecimento dos animais peçonhentos.
Segundo a prefeitura, entre janeiro e julho foram registrados 323 casos neste ano e 235 no ano passado. Essa tendência de aumento não foi registrada apenas na metrópole, o estado de São Paulo registrou um aumento de 13% de picadas de escorpião.
Recomendações para evitar o aparecimento de escorpiões:
– Vedar ralos de esgotos, optando pelo tipo abre e fecha ou colocando telas finas para evitar entrada dos escorpiões;
– Colocar trilhos de borracha, silicone ou mesmo de espuma/tecidos nas portas;
– Vedar interruptores por onde passa a fiação elétrica, mantendo os espelhos de luz bem ajustados e, se necessário, colados com silicone;
– Vedar caixas de gordura;
– Evitar acúmulo de materiais, como madeiras e recicláveis, nos ambientes, pois podem servir de abrigo aos escorpiões;
– Sempre inspecionar toalhas de banho, sapatos e roupas antes de vestir;
– Se possível, manter camas e colchões afastados das paredes e sempre observar as roupas de cama antes de deitar, pois escorpiões podem se alojar nestes locais;
– Em caso de picadas/acidentes com escorpiões, a pessoa deve ser levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo.
O que fazer em casos de picadas de escorpião?
A pessoa que é picada por escorpião deve ser encaminhada para a unidade de saúde mais próxima. O médico vai avaliar a necessidade de tratamento com o soro antiescorpiônico. Em Campinas (SP), para uso no município, o soro fica estocado no Hospital Ouro Verde e as unidades hospitalares que precisarem solicitam e retiram no local.
O soro é fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde. É importante lembrar que não é em todo caso de acidente que o soro será indicado e apenas o profissional de saúde poderá fazer essa avaliação. Nos extremos de idade, como em crianças e idosos, os casos podem representar maior risco. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox de Campinas) do Hospital de Clínicas da Unicamp também possui o soro, mas a prefeitura diz que a prioridade de atendimento são as cidades da região.