A Prefeitura de Campinas (SP) registrou, ao menos, um caso de vandalismo a cada dois dias em setembro. Em 29 dias, aconteceram pelo menos 16 atos de vandalismo em imóveis, equipamentos de lazer e esportes, terminais de ônibus, sanitários públicos e árvores.
Por ano, a Secretaria de Serviços Públicos gasta cerca de R$ 1 milhão com reparos em patrimônios públicos alvo de vândalos. Com esse valor seria possível construir dois campos de futebol (com com alambrado e iluminação) ou um construir um parque ecológico de 100 mil metros quadrados equipado.
A atual onda de atos de vandalismo preocupa a administração pública, que criou um Grupo Antivandalismo por meio da Guarda Municipal. Outra medida, mais artística e efetiva, foi propor ao artista Di Labarca grafitar a pista de skate street na Lagoa do Taquaral. O local foi alvo de pichações nos últimos quatro dias.
Os banheiros públicos no Centro da cidade foram abertos nesta semana, após dois meses interditados para reparar danos causados por atos de vandalismo. As obras no local, que fica na Praça Rui Barbosa, custaram R$ 80 mil aos cofres públicos.
Onda de vandalismo em setembro
No segmento de transportes, os terminais de ônibus não foram poupados. Dois casos de vandalismo foram registrados nos dias5 e 6 deste mês. Os banheiros dos terminais Mercado e Barão Geraldo foram danificados e precisaram ser interditados. No dia 7, sanitário público feminino do terminal Mercado, recém-reformado, foi danificado.
Foram quebradas e arrancadas 40 mudas de árvores recém-plantadas na Avenida Soldado Percílio Neto, no Taquaral, no dia 11. Menos de uma semana depois, após novo plantio, as mudas foram novamente depredadas.
Na Lagoa do Taquaral, no dia 12, os banheiros da área esportiva e placas de informações foram pichados e quebrados. Também houve um incêndio numa touceira de bambu do parque, o que poderia ter causado uma tragédia se não tivesse sido contido a tempo. O prejuízo, neste caso, foi de R$ 60 mil.
A Praça João Amazonas, no Jardim Maracanã, também foi alvo de vandalismo no dia 14. O local teve parque infantil inclusivo, adaptado para crianças com e sem deficiência, vandalizado.
No dia 20, um contêiner para coleta de recicláveis foi derrubado, pichado e os resíduos foram espalhados no chão da Praça Bento Quirino.
Uma bica d 'água do Bosque dos Jequitibás foi pichada no dia 16. A GM apreendeu dois adolescentes, de 16 anos, pela infração e os responsáveis foram multados em cerca de R$ 3,5 mil.
No dia 25, os sanitários masculinos do Terminal Campo Grande foram depredados.
Outro parque infantil insulso, adaptado para crianças com e sem deficiência, foi vandalizado no dia 27. O parquinho fica na Praça João Amazonas, no Jardim Maracanã. Cada parque inclusivo custa cerca de R$ 30 mil.
No dia 27, pedras foram arremessadas na quadra da Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto, no Jardim Eulina, entregue reformada há dois meses, e danificam o piso novo e especial, no qual tinha sido investido cerca de R$ 400 mil.