
A Prefeitura de Campinas (SP) lançou um projeto para implantar microflorestas nas regiões da cidade mais atingidas pelas altas temperaturas das ilhas de calor. A meta é criar 200 concentrações de árvores, em áreas de tamanhos de 200, 300, 400 até 1.000 metros quadrados.
A implantação da primeira microfloresta deve ter início em abril, no Balão do Laranja, no Jardim Novo Campos Elíseos, na Avenida Presidente Juscelino. A Secretaria de Serviços Públicos será responsável pela implantação e manutenção da microfloresta, que não precisa de aprovação da Câmara para iniciar os trabalhos.
Segundo a prefeitura, serão priorizadas as regiões com risco de onda de calor nos distritos do Campo Grande, Ouro Verde, Nova Aparecida, Barão Geraldo, Sousas e Joaquim Egídio e regiões dos bairros como Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury e Jardim Santa Mônica. O estudo que mapeou essas áreas foi feito pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Adoção de microfloresta
A Prefeitura apresentou à Câmara Municipal, nesta quarta-feira (26), o projeto de implantação de microflorestas urbanas e também o Projeto de Lei para a criação do Programa de Adoção de Microflorestas Urbanas (Pamu).
Segundo a prefeitura, podem participar do Pamu pessoas jurídicas como entidades da sociedade civil, associações de moradores, sociedades de amigos de bairro e pessoas jurídicas legalmente constituídas e cadastradas no município.
A adoção de microfloresta urbana pode ser destinada à implantação da microfloresta urbana e à conservação e manutenção das já implantadas. “Todos os segmentos podem aderir, seguindo as especificações técnicas, avaliadas pela Secretaria de Serviços Públicos”, explicou o prefeito, Dário Saadi.
As árvores e os locais
Microflorestas urbanas são aglomerados de árvores, com distanciamento de aproximadamente um metro entre elas. Os fragmentos de floresta serão implantados em espaços pequenos, como praças, rotatórias ou locais isolados em parques públicos. As árvores para compor as microflorestas poderão vir do Viveiro Municipal Otávio Tisseli Filho ou por meio de doações e/ou compensações ambientais.
As mudas a serem plantadas foram selecionadas criteriosamente, segundo a Prefeitura Serão utilizadas espécies como peroba-rosa; jequitibá; pau-brasil; jatobá; guarantã; pau-óleo; ipês rosa, roxo, branco e amarelo; paineiras; quaresmeira; entre outras.
Países como Holanda, Austrália e França já adotam as microflorestas urbanas.