Campinas confirma primeira morte por dengue de 2023

Vítima era morador da área de abrangência do Centro de Saúde Taquaral (região leste da cidade). Levantamento aponta aponta que 80% dos criadouros do mosquito da dengue estão dentro de casa

80% dos criadouros estão dentro de casa
Divulgação

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) confirmou nesta segunda-feira (10) a primeira morte por dengue de 2023. Trata-se de um homem de 86 anos, morador da área de abrangência do Centro de Saúde Taquaral (região leste da cidade). Ele apresentou os primeiros sintomas em 22 de fevereiro e morreu no dia 4 de março, sendo a prefeitura. 

O atendimento ao paciente foi realizado na rede privada. A causa do óbito estava em investigação pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) e foi confirmada após análises de prontuários, relatórios e exames.

Assim que a Vigilância em Saúde foi notificada do caso confirmado, a prefeitura afirma que foram desencadeadas as ações preconizadas de controle e prevenção na localidade da moradia do paciente. Foram realizados controle de criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas e nebulização.

Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) aponta que 80% dos criadouros estão dentro de casa, diz prefeitura.

O último óbito de dengue em Campinas foi notificado em 30 de abril de 2022. Foram quatro mortes por dengue no ano passado, das quais três na rede privada de saúde de Campinas e um em outro município. Foram registrados 11.276 casos de dengue no município no ano passado.

Campinas registrou de janeiro até o momento 2.467 casos da doença.

Fique atento aos sintomas

As pessoas que apresentarem febre associada a dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas, vômitos ou dor abdominal devem procurar o serviço de saúde para avaliação e seguir as recomendações médicas porque pode ser dengue.

“A dengue é uma doença que pode evoluir com gravidade e levar à morte. Por isso é importante o acompanhamento médico adequado”, afirma o coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto.

A Prefeitura de Campinas mantém ações de combate e prevenção à dengue no município, com eliminação de criadouros, ações educativas e de mobilização da sociedade e organização e limpeza da cidade. No entanto, é preciso contrapartida da sociedade. As pessoas precisam eliminar criadouros – tudo o que possa acumular água - e dar a destinação correta ao lixo. A melhor forma de combate a dengue é não deixar o mosquito se proliferar.

Ações ininterruptas

O trabalho contra as arboviroses realizado pela Prefeitura é ininterrupto e acontece durante todo o ano.

De 1º de janeiro de 2020 a 22 de março deste ano, as equipes de saúde realizaram 2.867.601 visitas a imóveis para controle de criadouros. No mesmo período, 521.249 construções localizadas em áreas de transmissões foram nebulizadas.

Entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2023, 131.915 toneladas de resíduos foram recebidas nos ecopontos da cidade. Além disso, foram coletadas 65.879 toneladas de materiais despejados irregularmente no município e 12.996 toneladas de resíduos foram recolhidas em ações cata-treco.

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