A Prefeitura de Campinas (SP) anunciou, nesta quinta-feira (6), que fechou um acordo para oferecer às 116 famílias do Loteamento Residencial Nelson Mandela possibilidades de ampliação das casas embriões de 15 metros quadrados. A mudança aconteceu após uma série de críticas ao tamanho das casas embriões, que possuem um banheiro e um cômodo, para abrigar famílias de até sete pessoas.
A possibilidade de ampliação das casas estava prevista desde o início das obras, mas ficaria completamente por conta do proprietário do imóvel. Em maio deste ano a prefeitura afirmou (leia na íntegra a nota) que a Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab) estudava a possibilidade de oferecer plantas, para que os proprietários possam, futuramente, aumentar o imóvel. A Cohab investiu R$ 2,6 milhões, por meio do Fundap (Fundo de Apoio à População de Sub-Habitação Urbana), para disponibilizar os lotes e executar a construção dos 116 embriões.
Agora, após o acordo, os moradores ainda irão arcar com os custos das obras de ampliação, mas poderão financiar a ampliação das casas por meio do Fundo de Apoio à População de Sub-Habitação Urbana (Fundap). Estão sendo oferecidas às famílias três opções de ampliação, mas os moradores também podem manter a casa como está, com 15 m².
Opções de Ampliação
Primeira planta
Nesta opção os embriões serrão aumentados em 17 m², com a construção de um quarto. A área total da habitação será de 33 m². O custo, com mão de obra e material, será entre R$ 24.701,60 e R$ 27.591,60, valores com e sem acabamento.
Segunda planta
Nesta opção o embrião ganha mais 29,15 m² e a família passa a contar com uma habitação de 45 m², com a contrução de dois quartos. Neste caso, o valor total da obra ficará entre R$ 41.965,70 e 45.970,70, também dependendo do acabamento escolhido.
Terceira planta
Nesta opção as famílias do residencial poderão optar pela ampliação em 38,85 m², com a construção de dois quartos e um banheiro. A área total ficará em 54,70 m². O custo dessa planta também varia de acordo com as opções de acabamento, entre R$ 60.945,50 e R$ 65.973,00.
Para todas as opções, o financiamento será em até 300 parcelas, com valor mínimo de R$ 132,00 por mês. A Justiça já foi comunicada e aceitou as propostas de ampliação.
Segundo a prefeitura, a transferência das 116 famílias começa nos próximos dias e a previsão é de que termine em até 60 dias. A ampliação será feita com as pessoas morando nos embriões, devido à necessidade de cumprimento da ordem judicial.
Além da construção das casas, a área recebeu pavimentação, redes de água, de esgoto, de energia elétrica e iluminação.
Loteamento foi construído após ordem de reintegração de posse
O Loteamento Residencial Nelson Mandela foi construído como uma ação pontual para atender às 116 famílias da Ocupação Nelson Mandela, que estavam com ordem de reintegração de posse. Não se trata de um programa habitacional. A Prefeitura, em comum acordo com a Justiça e os moradores, em assembleia, decidiu por este modelo.
A Ocupação Nelson Mandela teve início em 2016 em uma área particular na Vila União. Após reintegração de posse, as famílias migraram para um outro terreno particular, próximo ao DIC 5, no Distrito do Ouro Verde, área que começam a deixar nos próximos dias para viver no Loteamento Residencial Nelson Mandela.
Ocupação Nelson Mandela
O movimento vê a mudança como uma vitória: “após 7 anos de luta e organização, conquistamos a tão esperada conquista de uma casa para as famílias. Ou seja, conquistamos um terreno para abrigar as 100 famílias, que seriam distribuídos em lotes de 90m² por unidade habitacional". Leia na íntegra a última nota divulgada pelo movimento: