O Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP), da Polícia Militar (PM), e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público (MP), deflagram nesta sexta-feira (7), uma nova fase da operação contra o tráfico de drogas em Campinas (SP), desta vez, para investigar a lavagem do dinheiro vindo do tráfico. Foram cumpridos três mandados de prisão e dez de busca e apreensão. Um dos endereços investigados é um uma cooperativa do transporte público da cidade, no bairro Ponte Preta.
Na primeira fase da operação, que aconteceu nesta última quarta-feira (5), foram apreendidos cerca de R$ 138,5 mil e 5 milhões de microtubos para drogas, além de ter sido realizada a prisão de 15 pessoas envolvidas no esquema.
Os três mandados de prisão foram cumpridos e os suspeitos já estão presos. Os agentes seguem fazendo buscas na Cooperativa Altercamp e em casas de pessoas ligadas à empresa, que é suspeita de fazer lavagem de dinheiro.
Em um outro endereço, no Jardim Campos Elíseos, foram apreendidas uma espingarda calibre 38 e 16 munições. Também foram encontradas duas pistolas calibre 9 mm, com seis carregadores com 12 munições cada, devidamente cadastradas.
O material apreendido foi encaminhado ao GAECO e as prisões em flagrante foram para a 2ª seccional de Campinas (SP).
Outro lado: nota na íntegra da Cooperativa
"Cooperativa de Trabalho Altercamp, diante das notícias que vem sendo vinculadas na mídia gostaria de esclarecer que não somos investigados e em nenhum momento o Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado e o Ministério Público nos interpelou nessa condição.
Não temos qualquer responsabilidade da vida pessoal dos permissionários, sob os atos que ele pratica e as decisões que eles tomam. Nossa relação com eles é estritamente profissional e restringem-se as nossas obrigações como cooperativa.
Estamos contribuindo com todas as informações e documentos que a equipe de investigação requereu.
Ninguém da Diretoria da Cooperativa é laranja ou atua na prática de lavagem de dinheiro do tráfico. Até onde as próprias autoridades nos noticiaram o que ocorre é que alguns permissionários com contrato firmado com o município seriam os supostos laranjas do tráfico.
Somos uma instituição idônea que presta serviços de apoio a permissionários de transporte devidamente licitados e cadastrados pela Prefeitura através da EMDEC.
Toda nossa renda advém do trabalho que realizamos; sendo prestadas contas periodicamente a Emdec e demais órgãos de fiscalização.
Repudiamos a prática de quaisquer crimes e não contribuímos de nenhuma forma para a prática de lavagem de ativos ou tráfico.
As duas armas encontradas na sede da cooperativa foram encontradas e estavam sendo mantidas sob a guarda de um dos diretores. Não sabemos sequer se são armas funcionais. O diretor esta respondendo de forma individual sobre isso.
Reiteramos por fim toda nossa contribuição para que a equipe de investigação encontre os criminosos e os puna nos termos da lei.
Cooperativa de Trabalho em Transporte de Campinas – Altercamp."