Atual gestão de Louveira alega ter assumido a prefeitura com dívida de R$ 200 milhões

Ex-prefeito se pronunciou nas redes sociais; atual gestão anunciou medidas de cortes de gastos

*Daniel Rosa

Atual gestão de Louveira alega ter assumido a prefeitura com dívida de R$ 200 milhões
Prefeitura de Louveira (SP)
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O prefeito eleito de Louveira (SP), Paulo Finamore (MDB), afirma estar assumindo a prefeitura da cidade com aproximadamente R$ 350 mil em caixa e um passivo de R$ 200 milhões em dívidas. O ex-prefeito, Estanislau Steck (PSD), se defendeu de algumas acusações através de um vídeo nas suas redes sociais. 

Segundo a atual gestão, esse cenário exige um trabalho para reorganizar as contas públicas. “O principal desafio será equilibrar as contas e retomar a capacidade de investimento da Prefeitura. Isso será feito por meio de renegociação de dívidas, revisão de contratos, corte de desperdícios e melhoria na gestão de receitas. Nosso compromisso é reconstruir as bases financeiras do município sem comprometer os serviços essenciais”, afirma. 

Finamore já anunciou duas medidas na cidade alegando a crise financeira. A primeira foi o cancelamento do plantão de férias das escolas municipais, afirmando que a gestão passada não realizou a compra de gêneros alimentícios para merenda e falta de manutenção nas escolas. O ex-prefeito afirmou que a pasta de educação estava pronta para receber o plantão de férias sem necessitar o cancelamento.

Outro anúncio referente ao corte de gastos, foi sobre uma reorganização no atendimento do Centro de Referência do Autismo da cidade, alegando que existe uma dívida de aproximadamente R$ 1,2 milhões por falta de pagamento da antiga gestão municipal.

O ex-prefeito, Estanislau Steck, publicou um vídeo em suas redes sociais se defendendo das acusações. Ele explica: “Metade da dívida são obras, investimentos, que estão em períodos de carência com 10 anos para ser quitado o empréstimo junto da Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento, um programa da Caixa Econômica Federal)”. 

Entre as trocas de acusações dos prefeitos, Finamore alega que Steck assumiu o executivo com um superávit de R$ 120 milhões herdado da gestão de seu pai, Júnior Finamore, que foi prefeito de Louveira de 2017 a 2020. Em defesa, Steck menciona, como argumentos, a pandemia do covid-19 e uma crise financeira que a cidade passou em 2023. 

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo afirmou que os números consolidados e finais da gestão orçamentária e fiscal do exercício de 2024 tem o prazo final de até o dia 31 de março para serem remetidas para análise, fiscalização, validação de dados e julgamento pelo relator das contas municipais.  Todos os números, valores e considerações, estarão disponíveis no processo que avaliará a gestão municipal no exercício de 2024. 

*Estagiário sob supervisão

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