Após uma menina de 2 anos contrair meningite bacteriana, a Secretaria de Saúde de Campinas (SP) determinou que a creche onde ela estuda passe por “bloqueio” contra a doença nesta sexta-feira (22). O procedimento é feito com antibióticos em pessoas que tiveram contato prolongado com a vítima
De acordo com a Prefeitura, a menina de 2 anos “passa bem e não corre risco de morte". As pessoas que tiveram contato com a criança passaram por uma triagem feita pelas equipes técnicas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), que faz uma avaliação minuciosa de quem deve receber o medicamento.
Serão medicados alunos, professores e crianças que iam para a creche no mesmo transporte escolar e tinham contato próximo com a menina infectada. Na quinta-feira (21), foram bloqueados os pais, o irmão de 11 meses da menina e a babá.
As equipes do Devisa estão orientando os pais de alunos e funcionários da creche. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Daiane Morato, nem todas as pessoas que tiveram contato com a pessoa infectada precisam receber a medicação.
Neste ano, Campinas confirmou quatro casos de meningite bacteriana. Ninguém morreu. Em 2022 foi confirmado um caso da doença. A vítima morreu.
Entenda o que é meningite
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana grave, que pode se espalhar de pessoa para pessoa por meio de tosse ou espirros ou pelo contato próximo e prolongado com alguém infectado.
A meningite provoca inflamação no cérebro e na medula espinhal. A doença pode ser causada tanto por vírus como bactérias, que atacam as membranas que envolvem e protegem o sistema nervoso. É transmitida por meio de tosse, espirros e contato próximo entre as pessoas.
Os principais sintomas são cansaço, febre alta, forte dor de cabeça, rigidez na nuca, náuseas, vômitos, abatimento geral, entre outros. Em crianças menores de 1 ano, é preciso observar inchaço da moleira e choro persistente.
Diante de alguma suspeita de meningite, é preciso procurar atendimento médico imediatamente.