Servidores de Campinas foram para frente do Paço Municipal, na noite desta quarta-feira (15), para protestarem contra a proposta de reajuste salarial apresentada pela administração municipal. Houve confusão durante o ato, mas a noite terminou com a proposta aprovada. A Avenida Anchieta ficou totalmente bloqueada até às 19h20. Também houve congestionamento na Avenida Moraes Salles.
Agentes da Guarda Municipal usaram spray de pimenta contra manifestantes que tentaram se aproximar do Paço. De acordo com a prefeitura, o "uso progressivo da força" precisou ser feito após uma "injusta agressão sofrida pelos agentes da Guarda Municipal".
Servidores ligados à oposição jogaram copos e garrafas contra os dirigentes do Sindicato dos Servidores, que estavam em cima de um caminhão de som. A direção do sindicato foi vaiada sob o xingamento “venderam os trabalhadores”. Também sobrou para o prefeito Dário Saadi (Republicanos). “Trabalhador na rua, Dário a culpa é sua”.
A Assembleia dos Servidores durou “cinco minutos” e a direção do sindicato aprovou a proposta do governo Dário Saadi (Republicanos), que oferece15% de reajuste, sendo 12,13% retroativo a maio e 2,87% a ser pago em janeiro. O vale-alimentação vai para R$ 1.350,00 (hoje o valor pago é de R$ 1.249,81).
A oposição ao sindicato não gostou porque queria pressionar a Administração para pagar reajuste de 25,68% de aumento salarial, e o mesmo índice para vale-alimentação e o auxílio-nutricional. Há uma disputa sindical no funcionalismo.
Também foi discutido reajuste produtividade para a Saúde e bônus para a Educação.
O vice-prefeito, Wanderlei Almeida, que conduziu a negociação com o sindicato, disse que essa foi a melhor negociação para os servidores nos últimos anos. Segundo ele, o período inflacionário do governo Dário Saadi foi reposta. Ele, porém, criticou a agressividade por parte de um grupo de servidores..
A negociação é a arte do possível. É de se lamentar o que alguns estão fazendo como jogar pedras contra o prédio e agredindo os guardas. Ou essas pessoas não são servidores ou não estão preocupadas com a categoria”Wanderlei Almeida, vice-prefeito (PSB)
