Após sete dias de espera, três famílias foram autorizadas nesta sexta-feira (1º) a voltar ao prédio onde ocorreu um incêndio, seguido de explosões, no bairro Botafogo, em Campinas (SP). Segundo a administração do condomínio, o retorno dos moradores será gradual. A Defesa Civil já havia liberado o prédio na terça-feira (27).
O incêndio teve início no apartamento do coronel reformado do Exército Brasileiro Virgílio Parra Dias, de 69 anos, que mantinha um arsenal com munições, pólvora, uma granada intacta e 111 armas. O acidente deixou 44 pessoas feridas.
O coronel Virgílio Parra Dias permanece internado no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti desde terça (27), após ser encontrado por um amigo com ferimentos e desfalecido. Ele estava sendo procurado, desde então, para prestar esclarecimentos, e teria tentado tirar a própria vida.
De acordo com o boletim de ocorrência, o coronel estava na casa de um amigo, também militar, que encontrou a vítima já desfalecida, com um corte no pescoço.
Segundo os médicos, o estado de saúde de Virgílio é estável, mas sem previsão de alta médica.
Relembre o caso
Por volta das 21h do sábado (24/02), um incêndio de grandes proporções atingiu um apartamento na rua Hércules Florence, no Botafogo, em Campinas (SP). Mais de 40 pessoas tiveram ferimentos leves e as causas do incêndio estão sendo investigadas.
Segundo informações da Defesa Civil, uma explosão atingiu um apartamento no primeiro andar, outros quatro apartamentos foram atingidos com o impacto, o elevador foi danificado e o fornecimento de energia elétrica precisou ser interrompido.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para o combate e extinção das chamas. Ao todo, 44 pessoas sofreram ferimentos e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e Unidade de Pronto Atendimento de São José.
O coronel reformado do Exército teria deixado o prédio durante a retirada dos moradores. Foram encontradas munições, pólvora, uma granada intacta e 111 armas. O incêndio teria começado numa espécie de búnquer, construída pelo próprio militar, na despensa do imóvel, onde era guardado o arsenal. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) esteve na ocorrência.
Parte dos moradores precisou ser retirada com o auxílio de cordas, em uma manobra semelhante à descida na atividade de rapel.