Após seis anos casada, Jandira se separou e se apaixonou por Emerson, ignorando as preocupações da família e dos amigos. Em poucos meses, ela engravidou, mas ele foi preso por um assalto em uma mansão.
Mesmo sendo um choque, ela se manteve firme e sua única esperança eram as cartas que ele mandava da cadeia. Só que um dia, ela recebeu duas cartas iguais, mas com nomes diferentes...
Jandira descobriu que ele estava se relacionando com outra mulher dentro da prisão. Apesar da dor, ela finalmente decidiu que sua vida não poderia depender daquele homem e, com o nascimento do seu filho, ela jurou seguir em frente.
Às vezes, a vida nos faz acreditar em algo que parece perfeito, até que, em um instante, tudo desmorona e somos forçados a encarar a verdade nua e crua da decepção. Eu acho que eu me apaixonei pelo Emerson assim que eu botei os olhos nele.
Eu tinha acabado de terminar um noivado e estava decidida a ficar um tempo solteira porque o término tinha sido muito traumático, mas bastou o Emerson me olhar e sorrir para mim, que os meus planos foram por água abaixo.
Emerson: Uma mulher bonita como você não nasceu para ficar sozinha.
Jandira: Eu não estava sozinha até mês passado. Foram 6 anos com ele, mas... fazer o que? Não deu certo.
Emerson: Por que não? O que aconteceu?
Jandira: Você não acha que está querendo saber demais para alguém que acabou de me conhecer?
Emerson: Eu só estou tentando entender como um homem pode ter te perdido...
Jandira: Ele não era um bom homem. Ele... Ele, digamos, era violento.
Emerson: Um homem que encosta em uma mulher como você, merece morrer.
Quando eu vi, eu já estava contando a minha vida inteira para o Emerson e ele para mim. Naquele mesmo dia, eu fui para a casa dele e, no dia seguinte, ele não queria que eu fosse embora. Foi assim... Intenso desde o primeiro dia.
Eu já tinha namorado muito, tinha até sido noiva, mas o que eu senti por ele foi diferente de tudo. O Emerson era aquele tipo de gente boa, que conversa com todo mundo, que tem amigo em todo canto, que é querido pelas pessoas.
Eu me sentia bem na companhia dele, mas o que eu mais gostava era que ele tinha o dom de me fazer sentir protegida e segura. O jeito como ele cuidava de mim, como ele me mimava, como ele procurava sempre me agradar...
Eu nunca tinha vivido aquilo com ninguém e como era bom viver! Era como se a gente já se conhecesse há anos. O Emerson sabia exatamente o que dizer, o que fazer, e me fazia sentir como a mulher mais especial do mundo. Não, a mais especial não - a ÚNICA mulher do mundo.
Mas, se por um lado eu me sentia vivendo um conto de fadas, por outro, minha família não pensava da mesma forma. Minha mãe, minhas irmãs e até as minhas amigas mais próximas estavam preocupadas com aquele romance tão intenso e tão rápido.
Ninguém tinha nada contra o Emerson, pelo contrário, todo mundo ia com a cara dele, mas as pessoas me pediam para ir com calma porque tudo estava acontecendo muito depressa e a gente mal se conhecia. Eu não quis ouvir.
Eu já tinha sofrido tanto antes, já tinha perdido tanto tempo com homem errado, que dessa vez eu decidi que ia ser feliz com alguém que me tratava como eu merecia. Fora que ninguém sabia como era.
Ninguém entendia o que nós sentíamos um pelo outro. Em menos de três meses, a gente já estava morando junto e, depois de algumas semanas dividindo o mesmo teto, eu descobri que estava grávida. Nossa! Meu coração disparou.
Eu já tinha sonhado muitas vezes com esse momento, mas eu não esperava que fosse acontecer tão rápido. Eu fiquei com muito medo da reação do Emerson, mas quando eu contei para ele, ele abriu o maior sorriso, me pegou no colo, me rodou no alto e chorou de emoção.
Ele ficou tão feliz, mas tão feliz, que eu tive ainda mais certeza de que o que a gente estava construindo era para sempre. Naquela hora, nada mais importava. Nem o tempo curto, nem os avisos da família. Só existia a gente. A gente e o nosso bebê.
Era um conto de fadas, um verdadeiro sonho! Mas, menos de dois meses depois, eu acordei desse sonho e o meu mundo desabou. Era uma terça-feira de manhã. Eu estava preparando o café, quando eu ouvi alguém batendo na porta.
Eu não sei explicar, mas uma angústia tomou conta de mim antes mesmo de eu abrir. Foi como se eu sentisse... sentisse que alguma coisa ruim ia acontecer.
Quando eu abri a porta, eu dei de cara com dois policiais. Eles foram logo perguntando pelo Emerson. Antes que eu respondesse qualquer coisa, eles já tinham entrado. Tudo foi muito rápido!
O Emerson saiu do quarto, sem camisa, sonolento e, quando viu os policiais, tentou correr, mas já gritaram que ele estava preso e que era para deitar no chão.
O tempo parou. Eu gritei. Perguntei o que estava acontecendo, mas ninguém respondia nada. Os policiais deram voz de prisão para o Emerson e ele... ele nem conseguiu me olhar nos olhos.
Emerson: Desculpa, Jandira. Desculpa.
Janaina: Emerson...? Como...? O que está acontecendo?
Emerson: Eu vou dar um jeito. Fica calma. Vai dar tudo certo.
Assalto. O pai do meu filho, o meu amor, estava sendo preso por assalto e ele nem negou. Eu ainda estava tentando entender tudo, mas o Emerson já estava algemado entrando na viatura. Assalto...? Como assim? O Emerson? O meu Emerson?
Na delegacia, eu fiquei sabendo de tudo. Meu marido já tinha passagem, já tinha se metido em várias coisas erradas, e dessa vez tinha sido preso por assalto a uma mansão.
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