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Mãe de cinco meninos ganha neta e a assume como filha; leia história real

Confira mais uma história do "Quem Ama Não Esquece"

Da redação

Mãe de cinco meninos ganha neta e a assume como filha; leia história real
Confira mais uma história do "Quem Ama Não Esquece"
Acervo Pessoal

Mila sempre sonhou em ter uma filha, mas teve cinco meninos. Quando seu filho Alan engravidou a namorada, ela sentiu que, finalmente, teria a menina que tanto desejava.

Sophia nasceu e, desde bebê, foi criada com amor pela avó. Porém, quando Alan se separou, a mãe levou a menina embora, deixando Mila completamente desolada.

Meses depois, a ex-nora voltou, dizendo que Sophia não se acostumava longe da avó. Desde então, a Mila e o Claumir criam a neta como filha. Hoje, aos 14 anos, Sophia é o maior presente que o destino reservou para eles.

Leia a história do “Quem Ama Não Esquece”:

Alguns laços são escolhidos, outros simplesmente acontecem. E, às vezes, o destino se encarrega de nos entregar exatamente o que o nosso coração sempre desejou. Tudo começou quando eu me mudei para São Paulo.

Meu sonho era viver em uma cidade grande e, quando uma prima disse que eu podia ficar na casa dela, eu nem pensei duas vezes. O começo não foi fácil.

Todos os dias eu saía cedo de casa e batia perna atrás de trabalho com um currículo debaixo do braço, mas era difícil demais conseguir qualquer coisa. Até que um dia, quando eu estava voltando para casa de ônibus, triste e exausta, um homem ficou me olhando, olhando, olhando e aí veio puxar papo.

Claumir: Você parece bem cansada... Está tudo bem?

Mila: Ah, tudo bem. Eu só estou realmente cansada. Dia todo procurando trabalho, andando por todo canto dessa cidade...

Claumir: Eu sei bem como é. Aliás, muito prazer, meu nome é Claumir.

Foi assim que ele entrou na minha vida. Foi assim que eu o conheci. Eu só não sabia que, naquele momento, eu estava conhecendo o grande amor da minha vida.

Eu e o Claumir trocamos telefone e nos falávamos todos os dias. Naquela época, não tinha internet e rede social, mas a gente dava um jeito de conversar.

Depois de muita conversa, nós marcamos o nosso primeiro encontro e foi maravilhoso. Logo a gente já começou a namorar firme e ele fez questão de me apresentar toda a família.

Foi tudo tão rápido que, quando eu vi, eu já estava morando com ele. Desde o momento em que a gente se casou, eu passei a ter muita vontade mesmo de ter uma filha. 

Meu maior sonho era ser mãe de uma menininha e, quando eu engravidei pela primeira vez, eu chegava a sonhar com o médico me dando a notícia que eu tanto esperava.

Só que os meus planos não eram iguais aos de Deus e meu primeiro filho foi um menino. E o segundo. E o terceiro. O quarto e o quinto também.

Eu engravidei cinco vezes. E nas cinco vezes eu tive meninos. Eu, que sonhava tanto em ter uma menina, tive quatro homens: Maycon, Diego, Alisson, Alan e Adler.

Claumir: Eu sinto muito que você não tenha tido a menininha que você tanto queria.

Mila: Tudo bem... Eu sou feliz por ter meus meninos e... e quem sabe o dentinho não me presenteia com uma menina um dia.

Claumir: Eu vou torcer por isso, Mila. Vou mesmo.

Os anos passaram, os meus filhos cresceram felizes e saudáveis e um dos meninos, o Alan, começou a namorar. Ele nunca apresentou a menina para a gente, mas nós sabíamos que ele estava namorando sério.

Até que um dia, ele chegou em casa dizendo que a moça estava grávida. Foi um susto, um choque, mas naquele exato momento eu soube. Soube que seria uma menina.

Eu soube que o meu filho teria uma filha. Na mesma época, nós mudamos para uma casa maior e eu e meu marido decidimos deixar uma parte toda arrumada para o Alan e a namorada.

Eu fiz questão até de montar um quartinho para a minha futura neta. A minha nora mudou para a nossa casa e eu fazia questão de cuidar dela com o maior carinho.

Tudo que ela pedia, tudo o que ela precisava, tudo o que ela queria, eu fazia. Eu morria de medo de ela ir embora e levar a criança antes mesmo de ela nascer.

Quando foi confirmado que seria mesmo uma menina, como eu já sabia, o meu coração quase saiu pela boca. Eu estava certa! Eu tinha razão. Sophia, a minha netinha. A menininha que eu nunca tinha tido.

Os meses foram passando, a gravidez, graças a Deus, corria bem e eu continuava cuidando da minha nora e da minha neta, que ainda estava na barriga.

Quando a bolsa estourou, eu a levei para o hospital com o meu filho, mas quando a Sophia nasceu, eu não pude vê-la na hora porque ela tinha nascido com uma infecçãozinha e precisaria fazer alguns exames.

Ah! Aquela espera foi uma tortura para mim. Cada minuto parecia uma eternidade. Eu não via a hora de pegar minha neta no colo, de beijar, sentir o cheirinho... Mas, ao mesmo tempo, um medo inexplicável também tomava conta de mim.

E eu nem sabia o motivo. Medo de ver a Sophia? Talvez! Medo do que eu ia sentir naquele momento? Podia ser! Quando finalmente me deixaram entrar para ver a minha neta, eu saí correndo e quando eu a vi pela primeira vez... 

Ah, eu nem sei explicar o que eu senti. Foi como reencontrar um pedaço perdido de mim mesma. Que emoção! Que felicidade! Até a outra avó admitiu que ela era a minha cara. E era mesmo. 

Deus tinha me dado essa honra! Mas, como se não fosse o bastante, eu ainda ganhei outro presente naquele dia. Eu sempre tinha dito que, se tivesse uma menina, ela se chamaria Vitória, mas eu não tive filha mulher e, para me homenagear, a minha nora deu o nome da minha netinha de Sophia Vitória.

Ali eu percebi ainda mais o tamanho do amor que eu já sentia por aquela criança. Depois de uns dias, a minha nora e a minha neta vieram para casa e eu estava nas nuvens por poder cuidar da Sophia. A minha nora só amamentava, mas de resto era eu quem fazia tudo. Tudo!

Eu trocava, dava banho, colocava para dormir... absolutamente tudo. Eu me doava inteiramente e incansavelmente para a Sophia como se ela fosse a minha própria filha.

Mas, infelizmente, o meu mundo estava prestes a desabar. Depois de 3 anos inteiros cuidando da minha neném, o meu filho decidiu se separar da mulher e isso acabou comigo.

A minha nora ia embora e ia levar a Sophia junto. Eu quase enlouqueci. 

Claumir: Calma, meu amor. Calma. Vai ficar tudo bem.

Mila: Como? Como calma, Claumir? Ela vai levar a nossa neném.

Claumir: Nós vamos continuar vendo a Sophia. 

Mila: E se ela pegar raiva da gente por causa do Alan e não deixar mais a gente ver a Sophia? E também “só ver” não é suficiente. É pouco! Essa menina nasceu aqui, é criada por mim também.

Clamir: Mila, eu preciso que você se acalme. Ninguém vai impedir a gente de ter contato com a Sophia. Ela sabe do nosso amor, sabe que a gente cuida tão bem...

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