Homem se declara para paixão de infância e é rejeitado por ser "intenso demais"; leia relato

Confira mais uma história do "Quem Ama Não Esquece"

Da redação

Homem se declara para paixão de infância e é rejeitado por ser "intenso demais"; leia relato
Veja mais uma história do "Quem Ama Não Esquece"
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Paulo e Gleiciane se conheceram no jardim de infância. Ele escreveu uma cartinha para ela, se declarando, mas foi rejeitado. Anos depois, eles até se reencontraram, mas Paulo entrou numa fase difícil, com más companhias e vícios.

Só que ele buscou a mudança por meio da fé. Convertido e em paz, decidiu esperar por alguém especial. Após seis anos, Gleiciane reapareceu e Paulo pediu demissão do trabalho para ficar com ela.

A intensidade do rapaz assustou Gleiciane, que terminou o relacionamento. Arrasado, ele respeitou sua decisão e tenta seguir em frente, mas reconhece que amou demais e rápido demais.

Confira mais uma história do "Quem Ama Não Esquece":

Às vezes, o amor da nossa vida não vem para ficar... Vem só para nos ensinar a amar de verdade. 

Minha história com a Gleiciane começou cedo demais para ser levada a sério por alguém... mas não por mim.

A gente se conheceu no jardim de infância. Eu era só um garotinho tímido, daqueles que tremem só de pensar em chegar perto da menina de quem gostam.

E era exatamente isso que acontecia sempre que a Gleiciane aparecia: minhas mãos suavam e meu coração disparava.

Um dia, tomei coragem, escrevi uma cartinha me declarando e a deixei no estojo dela. Achei que ela só fosse ler em casa, mas ela acabou encontrando antes da hora.

Quando viu, veio até mim e... rasgou a cartinha em mil pedaços na frente de todo mundo. Ainda jogou os pedacinhos em mim.

Eu morri de vergonha. Mas, sabe-se lá por quê, me apaixonei ainda mais. Sim, podia ser só uma paixonite de criança, mas a verdade é que ali estava começando a nossa história.

Depois disso, a vida nos separou. Fui morar com minha irmã em outra cidade e, durante anos, não tive nenhuma notícia da Gleiciane. Mas nunca a esqueci.

Dois anos depois, voltei para visitar a cidade onde morávamos. A primeira coisa que fiz foi procurá-la. Incrível... Ela estava mais linda do que nunca. E foi aí que aconteceu o nosso primeiro beijo. Mas ainda éramos muito jovens e não passou de um beijinho.

Voltei para a cidade onde morava com minha irmã, mas nunca deixei de pensar na Gleiciane. Os anos se passaram e fiquei sabendo que ela tinha tido um filho. Confesso que, mesmo de longe, ainda tinha esperança de a gente ficar junto um dia. Mas, quando soube que ela havia se tornado mãe, desanimei bastante. Decidi que precisava esquecer aquele amor de infância e seguir com a minha vida.

Depois de um tempo, nos reencontramos pelas redes sociais:

Gleiciane: Paulo? Que Paulo?
Paulo: Você não lembra de mim? A gente se conheceu quando era criança, estudou junto...
Gleiciane: Ah! Nossa! Você mudou muito! Só te reconheci por essa pintinha que você tem perto do nariz.
Paulo: Ah, agora sim! Você... você lembra da cartinha que eu te escrevi quando a gente era criança?
Gleiciane: Nossa! Lembro sim... Que vergonha! Você me desculpa?
Paulo: Não precisa pedir desculpas. A gente era tão criança.
Gleiciane: Ah, mas foi horrível! Horrível mesmo!

Naquele dia, ficamos conversando, brincando e lembrando de tudo o que já havíamos vivido. As conversas se tornaram cada vez mais frequentes, até que decidimos marcar um encontro. 

A Gleiciane foi até a cidade onde eu estava morando e fomos a um barzinho. Foi maravilhoso. Naquele dia aconteceu o nosso segundo beijo — dessa vez um beijo de verdade: mágico, único e totalmente inesquecível.

Depois disso, nos encontramos mais algumas vezes, mas a relação não foi para frente. Isso porque, justamente naquele momento, entrei em uma fase muito obscura da minha vida... Más companhias, festas, bebedeiras, escolhas erradas. Eu me perdi completamente.

Estava confuso, me afundando, e, quando percebi que cavava a própria cova e que nada dava certo, resolvi buscar respostas. E fui procurar onde jamais imaginei: na fé e na religião.

Foi um amigo, o Odair, que me ajudou. Ele e a família me levaram à igreja pela primeira vez. Meu estado era deplorável, mas, aos poucos, a mudança foi acontecendo dentro de mim. 

Desde a primeira vez que pisei na igreja, nunca mais deixei de ir. Todos me acolheram muito bem — tornaram-se uma família para mim. Ali, encontrei um lar.

Me batizei, abandonei os vícios e, aos poucos, minha vida começou a se organizar. Consegui um emprego, arrumei minhas finanças, comprei minha tão sonhada moto...

Mas o mais importante: encontrei paz.

Eu estava muito, muito feliz com o homem que me tornara. Finalmente, conseguia deitar e dormir em paz. 

Quando decidi buscar Cristo, também tomei a decisão de esperar por alguém que quisesse caminhar ao meu lado, com os mesmos objetivos.

Iniciei, então, um propósito de me guardar para a pessoa certa. E assim se passaram seis anos.

Esse tempo de espera terminou quando recebi uma mensagem da Gleiciane, dizendo que queria me ver e conversar comigo. Nem acreditei! Já fazia tanto tempo que não nos víamos, e tanta coisa havia acontecido!

Levei-a para tomar um sorvete na praça e conversamos sobre o tempo em que estivemos afastados. Mas havia um assunto específico — o verdadeiro motivo de ela ter me procurado:

Gleiciane: Fiquei sabendo que você tem ido à igreja...
Paulo: É mesmo?
Gleiciane: É... Minha prima disse que você se converteu, que estava mudado, diferente. Isso ficou muito na minha cabeça, sabe?
Paulo: Eu mudei sim. Mudei muito. E foi para melhor. Não foi nada forçado. Foi completamente natural.
Gleiciane: Sabe o que é? Eu tô querendo ir para a igreja também, Paulo. Queria saber como foi pra você, o que te motivou, como soube que esse era o caminho...

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